quarta-feira, 13 de agosto de 2014

CONSTRUINDO COMPETÊNCIAS

Construindo Competências na Escola


Philippe Perrenoud  é doutor em Sociologia e Antropologia, tem 59 anos. 

Atua nas áreas relacionadas à currículo, práticas pedagógicas e instituições de formação nas faculdades de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Genebra. 

"Apesar de atuar nestas áreas, o autor não é um Pedagogo de formação mas um pesquisador e norteador de novos conhecimentos."
(Torrico, T.2014)



Para o autor, o sucesso e o fracasso escolar não são dependências únicas do ambiente escolar. Na sua visão, cada aprendizado deve ter como objetivo preparar os alunos para etapas subsequentes do currículo escolar, tornando o aluno capaz de mobilizar suas aquisições escolares fora da escola, tornando qualquer ambiente, um ambiente pedagógico, independentemente de quaisquer situações.

Aliado à isso, o problema da transposição didática ou de construção de competências, vem como uma proposta norteadora para o desenvolvimento significativo do potencial dos alunos em ambientes dentro e fora da escola.


Perrenoud questiona o objetivo da ida do aluno à escola: Esta deve ser fundamentada na mera aquisição de conhecimento ou no desenvolvimento de competências? 

A seguir, há a definição de competência como sendo a capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimento, mas sem limitar-se a ele. Enfoca que o mundo do trabalho apoia –se na noção de competência  e que a escola deve seguir estes passos com o intuito de modernizar-se e se inserir na corrente dos valores da economia de mercado,em suas obras, o conceito de competência é salientado enfocando que não há uma definição clara e objetiva do que seja competência. 

Segundo o autor, existem três aspectos do que pode vir a ser uma competência onde, em um dos casos, cita – se a questão pertinente à competência e desempenho, onde este é um indicador direto daquele. Trata ainda que os hábitos são esquemas simples e rígidos, mas nem todo esquema é um hábito. Perrenoud menciona, ainda, que o sucesso depende de uma capacidade geral de adaptação e discernimento, comumente considerada como inteligência natural do individuo.


Frequentemente o autor faz uma interligação entre competência e os programas escolares, iniciando a discussão afirmando que toda competência está ligada, fundamentalmente, à uma prática social de alta complexidade. Após esta afirmação, questiona-se como se pode detectar uma competência. Segundo o autor, alguns se preocupam com a inserção de ensino por competências pelo fato de acreditarem que todas as disciplinas seriam trabalhadas, na maioria dos casos, com base em formações pluri, inter e transdisciplinar.


Para o autor, quando alguns professores aceitam a ideia de competência, podem sentir – se, pelo menos inicialmente, encarregados de dar conhecimentos básicos aos seus alunos, pensando que, antes de mobilizá – los em determinada situação, devem prestar – lhes informações básicas e metódicas no “texto do saber”. Neste capítulo é iniciada uma discussão acerca da transposição didática, como ferramental de trabalho.

Enfim, Perrenoud faz propostas diretrizes norteadoras para a implementação do processo de ensino e aprendizagem por competências. São elas: Reconstruir a transposição didática, Atenuar as divisões entre as disciplinas, Romper o círculo fechado do currículo, criar novas formas de avaliar, reconhecer o fracasso, diferenciar o ensino e transformar a formação docente.


Fontes: 

Para conferir a relação de vários livros e artigos do autor, consulte:

Bibliografia:










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