terça-feira, 18 de março de 2014

Educação Conteudista e a Morte da Criatividade

CONTEÚDOS X PRÁTICA DE ENSINO
Aqui vou entrar em um assunto polêmico. A nossa educação hoje é conteudista, visto o aumento de mais uma série no ensino fundamental na crença de que mais conteúdo é melhor. Triste engano. O que temos que proporcionar para nossas crianças é qualidade, principalmente, vivências (esta palavra vem de vivo) para entenderem seus limites, explorarem e libertarem sua criatividade e gastarem suas energias. A criatividade vem da curiosidade desperta, da percepção aguçada. Aos 5 anos, 6 anos uma criança deveria estar brincando ou já se preparando para o mercado de trabalho?
Então a grande desculpa é que temos que preparar nossos filhos para o mercado de trabalho. Eis como fazemos ou proporcionamos isso :
  • Conteúdo estressante sem sentido prático, a escola se torna chata para o aluno;
  • Um monte de programas na tv (baba eletrônica 1) mostrando uma realidade distorcida e fantasiosa. Uma das consequências disto é o bullying que parece que virou moda. A tv, ao invés de resolver, fica incitando mais ainda;
  • Professores mal pagos que não tem vontade de preparar nada mais que sua obrigação. Que inspiração ou preocupação vai ter com uma melhor educação? Neste âmbito temos verdadeiros heróis;
  • Crença de que o videogame (baba eletrônica 2) seja bom, pois desenvolve funções cognitivas e multitarefa, enquanto aquele indivíduo se fecha na frente de uma tela em estado quase hipnótico decapitando cabeças;
  • Mídias sociais e internet usada de forma exagerada e sem supervisão (baba eletrônica 3), gerando grande dispersão da mente;
  • Trabalhos escolares feitos com pesquisa na internet com um show de  gerando textos sem nexo com esforço zero. O esforço vai todo para manter-se nas redes sociais;
  • Os pais, por compensação natural pela sua ausência ( em função do trabalho) mimam seus filhos, dando-lhes de tudo. Eles perdem o ímpeto de conquistar as coisas;
  • Relação cliente-aluno nas escolas privadas, onde se inverteram os papéis,. Não é o professor que tem autonomia na condução de sala de aula, sendo firme quando necessário, mas é o cliente-aluno quem manda, podendo ser mal educado e ter a razão frente a Diretoria, por exemplo;
  • Por fim, não se dá liberdade para a criança, e depois para o jovem, descobrir e evoluir na sua verdadeira vocação. Qualquer profissional em qualquer área, sendo realmente bom, vai ganhar muito mais do que um profissional medíocre e terá muito mais satisfação. 

Fonte: Educação e Cidadania acesso em 18/03/2013


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