terça-feira, 16 de dezembro de 2014

DESAFIO EDUCACIONAL NO BRASIL

ARTIGO




Tanya Torrico
Professora Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior



A educação brasileira sempre foi desafiada frente a importantes temas, tais como a qualidade da educação básica, o acesso à educação superior e a formação de seus professores. Além desses temas, há grande destaque para as metas do PNE (Plano Nacional de Educação), no qual grandes e polêmicos desafios se mostram à nossa educação.



Apenas para dimensionar para o leitor essas metas, o Plano prevê universalizar, até 2016, a Educação Infantil a crianças de 4 a 5 anos, Ensino Fundamental de nove anos para todos entre 6 e 14 anos, bem como ofertar ensino médio à população de 15 a 17 anos.
Somando-se a essas metas, há também o objetivo de alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental, e, ainda, oferecer Educação em Tempo Integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas. Há grande destaque, ainda, para a Formação Continuada e valorização dos professores.
Esses e outros desafios previstos no PNE não podem ser desconsiderados, dado que estamos falando de vidas, ou seja, de inúmeras crianças e jovens que, dia a dia, estão diante de nós. Eles não podem ser frustrados, precisam encontrar na escola seu porto seguro, um lugar que promova a cidadania por meio do conhecimento e que sabe respeitar as formas de aprender de cada um deles.
Para vencer qualquer entrave que possa surgir no caminho, municípios de várias regiões do Brasil têm, por meio de parcerias com a Planeta Educação, conseguido elevar o nível da qualidade da educação ofertada aos seus cidadãos, o que se dá, por exemplo, a partir de metodologias inovadoras como os Programas Educação em Tempo Integral, Cinema e Educação, Ensino de Línguas, Qualificação de Gestores, Pró-Família, Matemática Descomplicada, Aprendizagem Sistêmica, Informática Educacional, entre muitos outros.
A Educação em Tempo Integral, por exemplo, conta com diversas oficinas, com métodos inovadores que estimulam os alunos a desejarem o conhecimento. Entre esses meios, são destaque as oficinas de Alfabetização e Letramento, Literatura e Leitura, Artes Visuais, Dança, Música, Fanfarra e várias modalidades de Esportes.
Tudo isso comprova que os desafios da educação  dos brasileiros podem ser vencidos e superados por meio do contato, da conversa e da troca de experiências, o que envolve alunos, pais, professores, coordenadores, gestores e, claro, a comunidade em que a escola faz parte.

domingo, 30 de novembro de 2014

RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO



É muito fácil entrar e sair pela porta da sala ao 
soar dos sinos que determinam o troca-troca de professores, é simples, pois cumprimos nossa obrigação: ministramos nossas aulas! Não importa muito o que acontece antes ou depois dela, se tudo deu certo, então tudo bem.


Mas o problema é a concepção de cada educador quanto ao sentimento de “está tudo bem”, pois a maioria se detém a achar que se não houve nenhuma briga em sala de aula, se os alunos não gritaram uns com os outros, se ninguém o enfrentou ou colocou o dedo na sua cara e comportamentos do gênero, então tudo se encontra na mais perfeita ordem. Melhor dizendo, se a sala estava mais apática do que agitada, “está tudo bem”!



Não há muito tempo para perder com outras coisas, afinal, há uma pressão por parte da coordenação em relação a conteúdo, disciplina e cumprimento de horários. 

Isso acontece mesmo, é verdade, mas os educadores têm que se ater aos comportamentos adversos que há na sala de aula, como: apatia, desinteresse, falta de atenção, e claro, desorganização e tumulto. 


Se observarmos bem, o que esses meninos precisam é de um pouco de cuidado e interesse por parte daquele que eles têm como exemplo: o professor. 

É necessário que este participe mais da vida do alunado! 
O “aluno-problema”, geralmente, só necessita de atenção, de uma conversa amigável. 



Durante uma atividade em sala, por exemplo, chame o estudante em um canto e exponha o que vem observando; pergunte se há algo que está o incomodando em sala ou em casa; se ele está chateado com os pais ou com amigos; se está preocupado com alguém, e assim por diante. Tenha uma conversa sincera e respeitosa: exponha o que não está gostando na atitude do aluno, mas enfatize os pontos positivos e diga que acredita que ele pode melhorar e que você estará o observando mais daquele dia em diante!



Cuidado para não parecer especulativo e nem impertinente, para isso, deixe bem claro que você está preocupado porque tem o observado distante, calado ou então, muito desordeiro. Diga que você está ali para ajudá-lo a se sentir melhor, mais confortável ou mais interativo. Explique a importância de participar da aula, pergunte o que ele tem achado das aulas, sempre em tom amigável e calmo!



Muitas vezes damos às costas para nossos alunos, porque já temos problemas demais! No entanto, a melhor forma de resolver toda e qualquer situação é através do diálogo e da compreensão. Em meio a pressa do dia a dia há sim tempo para conversar com um aluno, só depende do interesse do professor! 



Uma simples conversa estreitará relações, criando vínculos de confiança e amizade, que deixará o clima em sala muito melhor. 

Há duas formas de se ter atenção e disciplina da turma: ou você é ditador até com o barulho do mosquito que voa em sala ou você é apaziguador e nota quando seu aluno está emocionalmente alterado!


Contudo, na maioria das vezes, a única atitude que seu “aluno-problema” espera de você é uma “conversa amiga”!


Fonte: Brasil Escola. Acesso em 31/11/2014.

domingo, 16 de novembro de 2014

ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR


Resumo

Quando é possível abordar a interdisciplinaridade para tratar sobre a ação pedagógica na área artística e lúdica, temos clareza que a tarefa requer inicialmente, que consideremos suas concepções refletidas nos fundamentos teóricos, numa direção em que a práxis pedagógica deve ir além de uma visão fragmentada e descontextualizada do ensino.

Segundo Hernández (1997), as mudanças nas concepções e nas práticas da educação em arte não são devidas a uma única ordem de razões, mas a um conjunto de causalidades que vão desde as próprias correntes artísticas e estéticas, às tendências educativas dominantes, passando pelos valores sociais e pelas mentalidades que regem cada época.

Face ao exposto, pareceu-nos pertinente focar algumas das teorias que contemplam, numa visão abrangente, o posicionamento das questões relacionadas com o ensino e aprendizagem das linguagens artísticas e lúdicas.

Fonte: Artigo Publicado em ARCOS SSP.16.11.2014.

domingo, 9 de novembro de 2014

Uma Reflexão Sobre a Didática e sua Importância

Socializando:


Inicialmente gostaria de ressaltar a importância desse momento para a educação e agradecer a oportunidade que me foi dada de expor minhas idéias sobre este tema, hoje tão discutido que é a “Didática em questão”. 

A análise do papel da Didática no processo de formação de educadores tem suscitado uma grande discussão no meio educacional.

Até 1980 a disciplina vinha figurando na formação de professores de todos os níveis, sem que se duvidasse de sua importância. Iniciou-se então um movimento de crítica e contestação à Didática, 
chegando a acusações de que seu conteúdo “quando não é inócuo é prejudicial”. A partir daí o movimento vem crescendo, incluindo cada vez  mais um maior número de professores dispostos a enfrentar um desafio comum: fazer com que avance o conhecimento na área de didática e que a disciplina conquiste um espaço significativo na  formação do professor hoje.

O que proponho neste texto é contextualizar a Didática levando a reflexão para a superação da visão meramente instrucional do processo ensino-aprendizagem, à reconstrução do conteúdo de Didática a partir de uma visão multidirecional da prática pedagógica e para análise do papel da educação na sociedade.

Considerando a educação como uma prática social e histórica, a proposta de Didática deverá se constituir em um projeto de transformação da sociedade e isto implica atendimento aos interesses das classes populares. Para isso se fez necessário a presença de um professor competente, politicamente consciente de seu papel e do papel da educação na sociedade, assim como tecnicamente preparado para lidar com o conteúdo a ser reelaborado pelo aluno.

O objeto do estudo da Didática, todos nós sabemos, é o processo de ensino-aprendizagem, e toda proposta dessa disciplina está impregnada, quer explicita ou implicitamente, de uma concepção do processo de ensino. A análise das diferentes abordagens do ensino através da explicação de seus pressupostos, do contexto em que foram geradas e da visão de homem, de sociedade, do conhecimento e de educação que veiculam, são pois proposições da disciplina.Para que seja compreendido esse processo ele precisa ser analisado de tal forma que articule constantemente as dimensões humanas, técnica e político social. 

No processo ensino aprendizagem está sempre presente a relação humana mas ela não poderá ser o centro configurador do processo. Seria uma abordagem reducionista. O componente afetivo está sempre presente no processo perpassando e impregnando toda a dinâmica não podendo no entanto ser desconsiderado.Na abordagem tecnicista o processo ensino aprendizagem é visto como ação intencional, sistemática, que procura organizar as condições que melhor propiciem a aprendizagem. Aspectos como objetivos, seleção de conteúdos, estratégias de ensino, avaliação constituem o núcleo das preocupações.

Tanya Torrico
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
Mestranda na área da Educação.

domingo, 26 de outubro de 2014

HIPÓTESES SILÁBICAS. Fases da Escrita

                                    


ABAIXO DESCREVO DE FORMA SIMPLES E RESUMIDA AS HIPÓTESES DA ESCRITA.

PRIMEIRO NÍVEL → PRÉ-SILÁBICO I – INDIFERENCIADO

NESSE NÍVEL O ALUNO PENSA QUE SE ESCREVE COM DESENHOS. AS LETRAS NÃO QUEREM DIZER NADA PARA ELE. A PROFESSORA PEDE QUE ELE ESCREVA “BOLA”, POR EXEMPLO, E ELE DESENHA UMA BOLA,  RABISCOS, GARATUJAS.

SEGUNDO NÍVEL → PRÉ-SILÁBICO II – DIFERENCIADO
O ALUNO JÁ SABE QUE NÃO SE ESCREVE COM DESENHOS. ELE JÁ USA LETRAS OU, SE NÃO CONHECE NENHUMA, USA ALGUM TIPO DE SINAL OU RABISCO QUE LEMBRE LETRAS.
NESSE NÍVEL O ALUNO AINDA NEM DESCONFIA QUE AS LETRAS POSSAM TER QUALQUER RELAÇÃO COM OS SONS DA FALA. ELE SÓ SABE QUE SE ESCREVE COM SÍMBOLOS, MAS NÃO RELACIONA ESSES SÍMBOLOS COM A LÍNGUA ORAL. ACHA QUE COISAS GRANDES DEVEM TER NOMES COM MUITAS LETRAS E COISAS PEQUENAS DEVEM TER NOMES COM POUCAS LETRAS. ACREDITA QUE PARA QUE UMA ESCRITA POSSA SER LIDA DEVE TER PELO MENOS TRÊS SÍMBOLOS. CASO CONTRÁRIO, PARA ELE, “NÃO É PALAVRA, É PURA LETRA”.

TERCEIRO NÍVEL → SILÁBICO
O ALUNO DESCOBRIU QUE AS LETRAS REPRESENTAM OS SONS DA FALA, MAS PENSA QUE CADA LETRA É UMA SÍLABA ORAL. SE ALGUÉM LHE PERGUNTA QUANTAS LETRAS É PRECISO PARA ESCREVER “CABEÇA”, POR EXEMPLO, ELE REPETE A PALAVRA PARA SI MESMO, DEVAGAR, CONTANDO AS SÍLABAS ORAIS E RESPONDE: TRÊS, UMA PARA “CA”, UMA PARA “BE” E UMA PARA “ÇA”
DENTRO DESTE NÍVEL PODEMOS IDENTIFICAR TRES FASES IMPORTANTES:
→ QUANTITATIVO – PARA CADA SÍLABA O ALUNO POE UMA LETRA SEM PENSAR NA CORRESPONDENCIA SONORA.
→ QUANTITATIVO – ESCREVE PARA CADA SÍLABA UMA LETRA COM CORRESPONDÊNCIA SONORA. EX: PARA CASA ESCREVE “CA” OU “CZ”.
→SÍLÁBICO-ALFABÉTICO – ORA ESCREVE AS SÍLABAS COMPLETAS (SIMPLES) E ORA USA APENAS UMA LETRA PARA REPRESENTÁ-LA.
QUARTO NÍVEL → ALFABÉTICO
O ALUNO COMPREENDEU COMO SE ESCREVE USANDO AS LETRAS DO ALFABETO. DESCOBRIU QUE CADA LETRA REPRESENTA UM SOM DA FALA E QUE É PRECISO JUNTÁ-LAS DE UM JEITO QUE FORMEM SÍLABAS DE PALAVRAS DE NOSSA LÍNGUA. PORÉM INICIALMENTE ESCREVEM COM FORTES MARCAS DA ORALIDADE.
O VÍDEO QUE SEGUE, VOCÊ VAI VER DE FORMA BEM EXPLICADA SOBRE ESSES NÍVEIS E ASSIM COMPREENDER QUE É INDISPENSÁVEL PARA O ALFABETIZADOR TER CONHECIMENTO SOBRE ESSE NÍVEIS QUE AJUDARÃO NO PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES FUTURAS E AJUSTAR AS INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS ÀS NECESSIDADES DA CRIANÇA A QUAL ESTÁ ALFABETIZANDO.





Fonte: Revista Alfabetizando Hipóteses Silábicas. Acesso em 26/10/2014.

CONSTRUTIVISMO EM FOCO



Emília Ferreiro se tornou uma espécie de referência para o ensino brasileiro e seu nome passou a ser ligado ao construtivismo, campo de estudo inaugurado pelas descobertas a que chegou o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) na investigação dos processos de aquisição e elaboração de conhecimento pela criança - ou seja, de que modo ela aprende. As pesquisas de Emilia Ferreiro, que estudou e trabalhou com Piaget, concentram o foco nos mecanismos cognitivos relacionados à leitura e à escrita. De maneira equivocada, muitos consideram o construtivismo um método.

  1. Tanto as descobertas de Piaget como as de Emília levam à conclusão de que as crianças têm um papel ativo no aprendizado. Elas constroem o próprio conhecimento - daí a palavra construtivismo. A principal implicação dessa conclusão para a prática escolar é transferir o foco da escola - e da alfabetização em particular - do conteúdo ensinado para o sujeito que aprende, ou seja, o aluno. "Até então, os educadores só se preocupavam com a aprendizagem quando a criança parecia não aprender", diz Telma Weisz. "Emília Ferreiro inverteu essa ótica com resultados surpreendentes." 

O princípio de que o processo de conhecimento por parte da criança deve ser gradual corresponde aos mecanismos deduzidos por Piaget, segundo os quais cada salto cognitivo depende de uma assimilação e de uma reacomodação dos esquemas internos, que necessariamente levam tempo. É por utilizar esses esquemas internos, e não simplesmente repetir o que ouvem, que as crianças interpretam o ensino recebido. No caso da alfabetização isso implica uma transformação da escrita convencional dos adultos (leia mais sobre as hipóteses elaboradas pelas crianças na tentativa de explicar o funcionamento da escrita). Para o construtivismo, nada mais revelador do funcionamento da mente de um aluno do que seus supostos erros, porque evidenciam como ele "releu" o conteúdo aprendido. O que as crianças aprendem não coincide com aquilo que lhes foi ensinado.


COMPREENSÃO DO CONTEÚDO

Com base nesses pressupostos, Emilia Ferreiro critica a alfabetização tradicional, porque julga a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de avaliações de percepção (capacidade de discriminar sons e sinais, por exemplo) e de motricidade (coordenação, orientação espacial etc.).



Emília Ferreiro  e Telma Weisz



Dessa forma, dá-se peso excessivo para um aspecto exterior da escrita (saber desenhar as letras) e deixa-se de lado suas características conceituais, ou seja, a compreensão da natureza da escrita e sua organização. Para os construtivistas, o aprendizado da alfabetização não ocorre desligado do conteúdo da escrita.

É por não levar em conta o ponto mais importante da alfabetização que os métodos tradicionais insistem em introduzir os alunos à leitura com palavras aparentemente simples e sonoras (como babá, bebê, papa), mas que, do ponto de vista da assimilação das crianças, simplesmente não se ligam a nada. Segundo o mesmo raciocínio equivocado, o contato da criança com a organização da escrita é adiado para quando ela já for capaz de ler as palavras isoladas, embora as relações que ela estabelece com os textos inteiros sejam enriquecedoras desde o início.

Segundo Emilia Ferreiro, a alfabetização também é uma forma de se apropriar das funções sociais da escrita. De acordo com suas conclusões, desempenhos díspares apresentados por crianças de classes sociais diferentes na alfabetização não revelam capacidades desiguais, mas o acesso maior ou menor a textos lidos e escritos desde os primeiros anos de vida.

Sala de aula vira ambiente alfabetizador 

Uma das principais consequências da absorção da obra de Emilia Ferreiro na alfabetização é a recusa ao uso das cartilhas, uma espécie de bandeira que a psicolinguista argentina ergue. Segundo ela, a compreensão da função social da escrita deve ser estimulada com o uso de textos de atualidade, livros, histórias, jornais, revistas. Para a psicolinguista, as cartilhas, ao contrário, oferecem um universo artificial e desinteressante. Em compensação, numa proposta construtivista de ensino, a sala de aula se transforma totalmente, criando-se o que se chama de ambiente alfabetizador.


Ambiente alfabetizador em escola gaúcha nos anos 1980: Emilia Ferreiro inspira políticas oficiais. Foto: Paulo Franken


Ambiente alfabetizador em escola  gaúcha nos anos 1980: Emilia Ferreiro  inspira políticas oficiais.


Ideias que o Brasil adotou


As pesquisas de Emília Ferreiro e o termo construtivismo começaram a ser divulgados no Brasil no início da década de 1980. As informações chegaram primeiro ao ambiente de congressos e simpósios de educadores. O livro-chave de Emília, Psicogênese da Língua Escrita, saiu em edição brasileira em 1984.

 As descobertas que ele apresenta tornaram-se assunto obrigatório nos meios pedagógicos e se espalharam pelo Brasil com rapidez, a ponto de a própria autora manifestar sua preocupação quanto à forma como o construtivismo estava sendo encarado e transposto para a sala de aula. 

Mas o construtivismo mostrou sua influência duradoura ao ser adotado pelas políticas oficiais de vários estados brasileiros. Uma das experiências mais abrangentes se deu no Rio Grande do Sul, onde a Secretaria Estadual de Educação criou um Laboratório de Alfabetização inspirado nas descobertas de Emília Ferreiro. 

Hoje o construtivismo é a fonte da qual derivam várias das diretrizes oficiais do Ministério da Educação. Segundo afirma a educadora Telma Weisz na apresentação de uma das reedições de Psicogênese da Língua Escrita, "a mudança da compreensão do processo pelo qual se aprende a ler e a escrever afetou todo o ensino da língua", produzindo "experimentação pedagógica suficiente para construir, a partir dela, uma didática".


Fonte: Revista em Foco Alfabetização. Acesso em 26/10/2014. 

domingo, 28 de setembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA E DA LEITURA E ESCRITA



O ato de ler permeia nossas vidas desde que começamos a "compreender" o meio que nos cerca. A constante vontade de decodificar e interpretar cada detalhe do mundo ao nosso redor faz com que nos tornemos leitores e construtores do conhecimento, muitas vezes, sem percebemos. 


Muito do que aprendemos na escola, infelizmente, não permanece em nossa memória, pois não exercitamos com frequência. O hábito da leitura e produção textual deve ser instigado constantemente por meio de situações que façam com que o indivíduo entenda que ler é algo importante e prazeroso. 

Saber ler e compreender o que os outros dizem é uma das características que nos tornam diferentes dos seres irracionais e é prática da leitura e escrita que nos proporcionam a capacidade de interpretação, criticidade e melhor fluência em nossa língua.

Portanto, é adquirindo prazer pelo hábito de ler e escrever que percebemos que essa é a melhor forma de ampliar o vocabulário e desenvolver a construção de textos. Que possamos, então, ampliar os meios que favoreçam ainda mais o hábito de ler, compreender e elaborar bons textos.

Fonte: Escola para todos acesso em 28/09/2014.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

BIOGRAFIA COMPLETA DE NÓVOA



António Manuel Seixas de Sampaio da Nóvoa

Tomou posse como reitor da Universidade de Lisboa em maio de 2009.
É também professor catedrático da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa e presidente da Associação Internacional de História da Educação - ISCHE (2000-2003). Áreas de especialização: História da Educação e Educação comparada. Em 2012 foi-lhe atribuído (por unanimidade) o título de membro honorário da UNIVERSEUM - European Academic Heritage Network, uma rede de Universidades, reconhecida pelo Conselho Europeu, que procura valorizar o patrimônio científico, museológico, monumental, botânico e arquivístico das Universidades Européias. 
Publicou mais de uma centena de trabalhos científicos na área da Educação - em particular sobre temáticas da profissão docente, da história da educação e da educação comparada -, em diversos países, nomeadamente Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, Colômbia, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Portugal, Reino Unido e Suíça.


PRINCIPAIS OBRAS

Vidas dos Professores                                         
Formato: livro
Idioma: port. Portugal
Editora: porto editora
Assunto: pedagogia

PROFISSÃO PROFESSOR
Formato: livro
Idioma: port. Portugal
Editora: porto editora
Assunto: pedagogia

HISTORIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
FORMAÇÃO DO CAMPO
Formato: Livro
Organizador: Monarcha, Carlos
Idioma: portugues
Editora: UNIJUI
Assunto: PEDAGOGIA


 

FABRICATING EUROPE

Formato: livro
Organizador: lawn, martin
Organizador: novoa, antonio
Idioma: Inglês
Editora: kluwer academic
Assunto: pedagogia

 

PAULO FREIRE - POLÍTICA E PEDAGOGIA

Formato: livro
Idioma: port. Portugal
Editora: porto editora
Assunto: pedagogia

 

FABRICATING EUROPE

THE FORMATION OF AN

Formato: livro
Autor: lawn, m.
Idioma: inglês
Assunto: pedagogia

EVIDENTEMENTE - HISTORIAS DA EDUCAÇAO
Formato: Livro
Idioma: port. Portugal
Editora: ASA PORTUGAL
Assunto: PEDAGOGIA

MÉTODO (AUTO) BIOGRÁFICO E A FORMAÇÃO.
Formato: Livro
Organizador: Novoa, Antonio
Organizador: Finger, Matthias
Idioma: Português
Editora: paulus editora
Assunto: pedagogia

 

MÉTODO (AUTO)BIOGRÁFICO E A FORMAÇÃO

Formato: Livro
Organizador: Novoa, Antonio
Organizador: Finger, Matthias
Idioma: portugues
Editora: paulus editora
Assunto: pedagogia

PROPOSTAS

Para ele, a teoria e a ação educativas são dois conceitos que se deve caminhar juntos, Nóvoa faz uso da teoria e seus instrumentos variados procurando conclusões que não estejam evidentes. O trabalho é coletivo e de reflexões, então segundo ele temos que exercitar o que vivemos. Então ele propõe cinco teses  para formação de professores as quais são:

  •  a) assumir uma forte componente prática, centrada na aprendizagem dos alunos e no estudo de casos concretos;
  • b) passar para ‘dentro’ da profissão, isto é, basear-se na aquisição de uma cultura profissional, concedendo aos professores mais experientes um papel central na formação dos mais jovens;
  • c) dedicar uma atenção especial às dimensões pessoais, trabalhando a capacidade de relação e de comunicação que define o tato pedagógico;
  • d) valorizar o trabalho em equipe e o exercício coletivo da profissão;
  •  e) estar marcada por um princípio de responsabilidade social, favorecendo a comunicação pública e a participação dos professores no espaço público da educação.
  • Infelizmente, estas propostas estão muito distantes da realidade brasileira em termos de formação de professores.

Podemos então destacar a necessidade da componente prática, com foco no processo de ensino-aprendizagem e no exame da atuação de outros professores (estudo de casos), o que já deveríamos estar fazendo há bastante tempo!

O educador português acredita que o melhor lugar para os professores construírem suas histórias é o próprio local de trabalho. "É no espaço concreto de cada escola, em torno de problemas reais, que se desenvolve a verdadeira formação", disse ele em entrevista a NOVA ESCOLA em 2001. "Universidades e especialistas externos são importantes no plano teórico e metodológico. Mas todo esse conhecimento só terá eficácia se o professor conseguir inseri-lo em sua dinâmica pessoal e articulá-lo com seu processo de desenvolvimento profissional."

A tese de Nóvoa deixa mais claro por que não se deve separar a teoria da prática. o acesso a ações formativas é direito faz dele um instrumento de valorização. “Cada um de nós constrói o conhecimento à medida que trabalha e, por isso, qualquer plano de estudo deve ser feito no interior da escola, onde se desenvolve a prática”,

Focar a necessidade de aprender do aluno e tão igual ou maior necessária, mais é quase impossível colocar-se em pratica, por uma cultura pré estabelecida, há muito tempo, ou melhor, dizer há décadas que concentra toda a ação pedagógica no professor.

Outros pensadores da educação, almejam a  capacidade de ouvir (difícil de encontrar) e também mudanças estratégicas no trabalho do educador, que passaria a ter que concentrar suas ações no papel do orientador das realizações dos educadores, trazer, participar e esclarecer idéias quando necessário e, em especial, levando os alunos a se tornar o centro do trabalho realizado na escola

SELEÇÃO DE PUBLICAÇÔES
Artigos em revistas com referees
Nóvoa, A. (2010). La construcción de un espacio educativo europeo: Gobernando a través de los datos y la comparación. Revista Española de Educación Comparada, 16, 23-41.

Nóvoa, A. (2009). Para una formación de profesores construida dentro de la profesión.Revista de Educación, 350, 203-218.

Nóvoa, A. (2009). Educación 2021: Para una historia del futuro. Revista Iberoamericana de Educación, 49, 181-199.

Nóvoa, A. & Yariv-Mashal, T. (2003). Comparative Research in Education: a mode of governance or a historical journey?. Comparative Education, 39 (4), 423-438.

Capítulos de Livros
Nóvoa, A. (2009). Governing without governing – The formation of a European educational space. In Apple, M. W., Ball, S. J. & Gandin, L. A.(eds.), The Routledge International Handbook of the Sociology of Education (pp. 264-273). Abingdon, Oxon: Routledge.

Nóvoa, A. (2009). Professores: el futuro aún tardará mucho tiempo?. In Célaz, C. & Vaillant, D. (coord.), Aprendizaje y desarrollo profesional docente (pp. 49-55). Madrid: OEI/Fundación Santillana. 


ENDEREÇO PARA CONTATO.
Professor Catedrático
Telefone Institucional: 217 943 823
Email: anovoa @ ie.ul.pt

Área de Investigação e Ensino

História e Psicologia da Educação

Grupo de Investigação

História da Educação

Áreas de Interesse  

Educação comparada. Formação de professores.

Fonte: Grupo Pós - Didática e Metodologia do Ensino Superior. 2014 em 23/09/2014.