quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Falando de Estilística

A música é a arte de combinar os sons de forma harmoniosa, mas a maneira de trazer essa musicalidade para a escrita é através da aliteração

Seguinte:


Os recursos linguísticos podem ser manipulados para imprimir uma maior expressividade ao texto, por isso, relacionam-se a diversos aspectos da língua: morfológico, sintático, semântico e fonológico. Para facilitar o estudo, as figuras de linguagem são divididas em: pensamento, construção e som.
Não fiquem assustados com esses termos,  digamos um pouco complicado!
O “som” como recurso estilístico é usado nas seguintes figuras de linguagem: 
Vejam:
  • Onomatopeia
  •  Aliteração 
  •  Assonância.  

Neste texto, destacaremos as características da aliteração.
aliteração consiste na repetição de um fonema, não necessariamente de uma letra, uma vez que na língua portuguesa nem sempre há a correspondência entre esses dois elementos.
Veja os exemplos:  
  • Táxi, exame e enxaqueca. 

A letra é a mesma, mas representa fonemas diferentes, por isso, é importante lembrar que a aliteração busca reproduzir sons.
Há um poema de Cruz e Souza – “Violões que choram” – que em uma de suas estrofes há um famoso exemplo de aliteração.
 Acompanhe:
 “Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
Perceba que o fonema /v/ foi largamente explorado nessa estrofe, mas com que objetivo? Lembre-se de que todas as vezes que um recurso estilístico é utilizado, há um objetivo. Nesse caso, a repetição do fonema remete ao som do violão. Perceba que essa estrofe exemplifica com propriedade a intenção da aliteração: sugerir sons.
aliteração deve ser usada como um recurso estilístico, por isso é preciso tomar cuidado para não utilizá-la fora de contexto, pois pode trazer prejuízos ao enunciado. Por isso, evite o uso exagerado das figuras de linguagem, inclusive a aliteração, em textos em que a função poética da linguagem não é predominante.
Para reconhecer a aliteração é preciso lembrar aos seguintes detalhes:
  • O que se repete é uma consoante ou uma sílaba?
  • Essa repetição se dá na sílaba tônica?
  • Ela acontece pelo menos duas vezes no verso, na estrofe ou na frase?
Agora ficou mais fácil reconhecer a aliteração, não é mesmo? Para finalizar, uma última informação, a consoante ou sílaba que se repete, em geral, está no início ou no meio (interior) da palavra.

Espero que tenham gostado!
Um grandioso Abraço!
Até amanhã!

Tanya

Site relacionado <<revistaescola.com.br>> acesso em 20/01/2014 ás 20h30min.




terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb)

Saeb


O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) tem como principal objetivo avaliar a Educação Básica brasileira e contribuir para a melhoria de sua qualidade e para a universalização do acesso à escola, oferecendo subsídios concretos para a formulação, reformulação e o monitoramento das políticas públicas voltadas para a Educação Básica. Além disso, procura também oferecer dados e indicadores que possibilitem maior compreensão dos fatores que influenciam o desempenho dos alunos nas áreas e anos avaliados.
O Saeb é composto por três avaliações externas em larga escala:


  • Avaliação Nacional da Educação Básica – Aneb: abrange, de maneira amostral, alunos das redes públicas e privadas do país, em áreas urbanas e rurais, matriculados na 4ª série/5ºano e 8ªsérie/9ºano do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio, tendo como principal objetivo avaliar a qualidade, a equidade e a eficiência da educação brasileira. Apresenta os resultados do país como um todo, das regiões geográficas e das unidades da federação.
     
  • Avaliação Nacional do Rendimento Escolar - Anresc (também denominada "Prova Brasil"): trata-se de uma avaliação censitária envolvendo os alunos da 4ª série/5ºano e 8ªsérie/9ºano do Ensino Fundamental das escolas públicas das redes municipais, estaduais e federal, com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino ministrado nas escolas públicas. Participam desta avaliação as escolas que possuem, no mínimo, 20 alunos matriculados nas séries/anos avaliados, sendo os resultados disponibilizados por escola e por ente federativo. 
     
  • A Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA : avaliação censitária envolvendo os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas, com o objetivo principal de avaliar os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa, alfabetização Matemática e condições de oferta do Ciclo de Alfabetização das redes públicas. A ANA foi incorporada ao Saeb pela Portaria nº 482, de 7 de junho de 2013
A Aneb e a Anresc/Prova Brasil são realizadas bianualmente, enquanto a ANA é de realização anual.


Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira acesso em 28/01/2014 ás 21h08min.


Aneb e Anresc (Prova Brasil)


Não Concluiu o Ensino Médio - Obtenha o Certificado de Conclusão através do ENEM

Leia este Prospecto




Dos 784.830 participantes que indicaram, na inscrição ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013, que fariam as provas para obter o certificado de conclusão do ensino médio, 60.320 atingiram os requisitos mínimos. O dado foi divulgado nesta segunda-feira, 17, pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante entrevista coletiva, em Brasília (DF).
Para obter a certificação, o candidato deve ter alcançado o mínimo de 450 pontos em cada uma das quatro áreas do conhecimento avaliada no Enem e o mínimo de 500 pontos na redação. Além disso, é preciso ter completado 18 anos de idade até 26 de outubro de 2013, data do primeiro dia de prova.
Para encaminhar o pedido, o participante deve procurar a instituição por ele indicada para certificação ao fazer a inscrição do Enem e apresentar o boletim de notas do exame. A expedição do documento é gratuita. O candidato não precisa levar o registro de conclusão do ensino fundamental.
 Acesse aqui  mais informações sobre as unidades certificadoras.
Assessoria de Comunicação Social do Inep

Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira acesso em 28/01/2014 ás 21h00min.

Dispensa Negada pode ser Pedida em Alguns Casos

ENADE
São Paulo, 28 de Janeiro


Os estudantes que deixaram de comparecer ao Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2013 e tiveram o pedido de dispensa indeferido pela instituição podem fazer nova solicitação diretamente ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a partir desta terça-feira, 28 de janeiro. A possibilidade abrange apenas aqueles que deixaram de prestar o exame por motivo de saúde, mobilidade acadêmica ou outro impedimento relevante de caráter pessoal. O pedido deve ser efetuado em sistema on-line, no portal do Inep, até 11 de fevereiro.
Para efetuar o pedido, o estudante terá de apresentar requerimento de dispensa, declaração original de aluno regular e habilitado ao exame de 2013, comprovada por assinatura do responsável na instituição, e cópia autenticada do documento comprobatório do impedimento para a participação. Os dois primeiros documentos estarão disponíveis no próprio sistema em que será efetuado o pedido.
O exame, organizado anualmente pelo Instituto, reuniu em 2013 cerca de 170 mil estudantes de cursos de educação superior em 893 locais de provas em 837 municípios. O índice de abstenção foi de 13,7%. As provas avaliaram o desempenho dos estudantes dos cursos de bacharelado em agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social e zootecnia, além dos cursos tecnológicos em agronegócio, gestão hospitalar, gestão ambiental e radiologia.
O Enade integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado em 2004. O objetivo é avaliar cursos de graduação a partir da verificação das competências, habilidades e conhecimentos desenvolvidos pelos estudantes durante a formação, de acordo com as características do perfil profissional exigido.
Endereço de acesso em 28-01-2014 ás 19h56min.
Site do Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

Dispensa negada pode ser pedida em alguns casos - Visualizar



Cair no Ideb: proibido por lei


PROJETO DE LEI QUE PREVÊ RESPONSABILIZAR

PREFEITOS E GOVERNANTES QUE SE OMITIREM  

NA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, ISSO CAUSA POLÊMICA POR USAR ÍNDICE COMO REFERÊNCIA.



Em tramitação no Congresso Nacional, as discussões sobre a proposta de Lei de Responsabilidade Educacional (LRE), que pretende punir prefeitos e governadores que não melhorarem a qualidade da Educação Básica, pode se estender até a Conferência Nacional de Educação (Conae), em fevereiro. Algumas propostas apresentadas pelo relator Raul Henry (PMDB/PE) para o projeto de lei nº 7.420/06 têm sido alvo de críticas, como é o caso da escolha do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) como parâmetro de qualidade.  


O coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, é um dos que se opõem ao uso do índice e chegou a sugerir ao deputado sua substituição pelos indicadores gerados pela Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e pela Prova Brasil. Jamil Cury, professor adjunto da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), também foi contra a decisão, pois de seu ponto de vista o Ideb deveria ser reformulado nos moldes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). "Aí sim ele poderia ser considerado um índice e não a soma de dois indicadores interessantes, mas insuficientes", aponta.  

De acordo com o PL, que está sob apreciação dos membros da Comissão de Educação (CE) da Câmara dos Deputados desde 12 de dezembro de 2013, prefeitos e governadores que piorarem, sem justificativa, o Ideb no final do mandato terão "férias pedagógicas" de cinco anos, como gosta de definir o deputado. Ou seja, sofrerão as sanções da Lei de Inelegibilidades.

O projeto tem outros quatro principais eixos (veja mais no box), entre os quais se destaca a adoção de um padrão mínimo de qualidade para as escolas públicas brasileiras. O padrão - que deverá ser implantado no prazo de cinco anos após a aprovação da lei - envolve 16 pontos, incluindo a criação de um plano de carreira para o magistério público; a reserva de tempo, dentro da jornada de trabalho, para o planejamento das aulas; a oferta de infraestrutura e equipamentos adequados, como bibliotecas e laboratórios; a disponibilização de horários de reforço escolar para alunos com rendimento insuficiente e o desenvolvimento de programas de correção de fluxo para estudantes com rendimento escolar defasado no ensino fundamental. 

De acordo com Henry, a lei é necessária porque a educação brasileira não dá sinais de melhorias, o que torna preciso uma ação institucional para impulsionar mudanças. "As séries estatísticas de 1997 a 2011 mostram que a qualidade da escola pública no Brasil, no final dos ciclos fundamental e médio, ou está estagnada ou em declínio. E isso é inaceitável para um país com os desafios que tem o Brasil", diz o deputado, que aguarda as apreciações dos membros da CE antes de submeter o PL ao plenário da Casa e, finalmente, ao Senado.


Lei inócua

A implantação do padrão de qualidade seria financiada pelo governo federal caso os municípios e estados comprovem insuficiência de recursos, segundo o PL. "Hoje, a União fica com 60% do bolo tributário, mas sua participação no financiamento da educação básica é de apenas 11%", aponta o deputado. "A Constituição, inclusive, prevê que a União financie a Educação Básica em caráter supletivo e redistributivo, o que está coerente com o projeto da LRE", completa.

O Ministério Público e o Poder Judiciário serão as instâncias responsáveis por fiscalizar e cobrar o cumprimento da lei. Em caso de descumprimento, caberá ação civil pública de responsabilidade educacional.

Cleuza Rodrigues Repulho, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), diz que a entidade se tornou favorável à iniciativa depois que as considerações feitas por seus membros foram incorporadas. Uma delas diz respeito às excepcionalidades que podem impactar o resultado do Ideb. "Situações de calamidade pública ou grandes fluxos migratórios são exemplos de circunstâncias que podem influenciar o desempenho de uma escola", explica.

Essas e outras ponderações foram feitas durante vários encontros com o deputado e agora a entidade aguarda as emendas que eventualmente serão apresentadas antes da configuração final da LRE. "A lei será mais um mecanismo de controle ao lado de outros já existentes, como Lei de Responsabilidade Fiscal e das atividades exercidas por conselhos, como o do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Mas espero que ela tenha amparo para ser cumprida", avalia Cleuza.

Justamente pelo fato de já existirem leis que fazem referência à qualidade da Educação Básica, Cury enxerga no PL algumas redundâncias. "O Brasil, a rigor, não necessitaria de uma LRE. O importante é reunir os dispositivos da Constituição Federal e da Lei de Diretrizes e Bases em um só, de modo a deixar mais claras as obrigações de cada sujeito da educação e permitir à população cobrar seus direitos."

Para Daniel Cara, outro problema do PL está em sua abrangência, que se tornou excessiva. "Existem visões diferentes sobre o que deveria ser uma LRE e o deputado tentou agregar parcialmente todas elas em seu relatório final. É uma pena que não tenha assumido algumas posições mais polêmicas", lamenta.

Entre essas posições estão obrigar o cumprimento irrestrito do piso salarial dos professores, estabelecer uma diretriz nacional de carreira e determinar um número de alunos por turma. Cara acha que a lei pode ser inócua por mais um motivo: trata-se de lei ordinária, ou seja, com pouco poder para pressionar o governo federal para alocar mais recursos na Educação Básica. "Seria preciso uma lei complementar para exigir a transferência de recursos por parte da União", avalia.


De quem é a responsabilidade?
Se não houver um aumento nos recursos investidos, contudo, não será possível cumprir o padrão de qualidade estabelecido no PL, afirma Cury, que também foi membro do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais e do Conselho Nacional de Educação (CNE) na Câmara de Educação Básica (CEB).

A pressão que recairá sobre os professores, caso a lei seja aprovada, é outro tópico questionado. Em versões anteriores do texto, estava prevista a responsabilização de secretários de Educação, diretores e professores. "Tomamos a decisão de não responsabilizar essas pessoas, nem pela ação civil pública, nem pela inelegibilidade, porque já está difícil demais recrutar talentos para a educação pública. Não poderíamos agravar essa situação, criando a ideia de uma perspectiva punitiva para essas pessoas", comenta o deputado. "Além disso, elas não são responsáveis nem pela escolha das políticas educacionais nem pela administração dos recursos públicos. Em última análise, quem tem essa responsabilidade são os mandatários", acrescenta Henry. 

Apesar disso, Cara pensa que os docentes, mesmo não possuindo condições de resolver o problema, serão cobrados de qualquer forma pelos resultados, afinal, são eles que estão na linha de frente com os alunos. A LRE pode se tornar mais eficaz, em sua opinião, se a Lei de Responsabilidade Fiscal for flexibilizada para ampliar o limite com gasto de pessoal na área da educação. Isso poderia dar condições de construir políticas de carreira para os professores e, consequentemente, melhorar a qualidade da Educação Básica.

Em função dessas questões, o professor da PUC-MG é favorável à ideia de debater o projeto de lei na próxima edição do Conae, que será realizada em fevereiro, em Brasília. Com o recesso na Câmara dos Deputados entre o final de dezembro e o começo de fevereiro, é possível que nesse período o PL ainda esteja sob apreciação dos membros da Comissão de Educação. Se isso ocorrer, ainda há chance de que pontos importantes defendidos no setor sejam contemplados nas emendas apresentadas pelos deputados. 



Este artigo obteve fundamentação teórica sob a perspectiva da Revista Educação com  acesso em 28/01/2014 ás 19h27min.

Cinco Livros Polêmicos



Por Luíza Antunes
O Brasil tem grandes autores e histórias literárias muito ricas. Algumas delas envolvem temas polêmicos que chocaram a sociedade quando foram publicadas e que ainda são tabu hoje em dia. De  romances homossexuais até crimes como racismo e estupro, não faltam personagens brasileiros para representar temas polêmicos. Veja 5 obras da literatura brasileira que abordam assuntos controversos. E, no final, deixe sugestões de outros livros polêmicos escritos no país.

1. ”Caçadas de Pedrinho”, Monteiro Lobato
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“Caçadas de Pedrinho” foi publicado em 1933, contando a história do pessoal do Sítio do Picapau Amarelo em busca de uma onça-pintada. A polêmica a respeito do livro e do autor, entretanto, só surgiu muitos anos depois. Em 2010, quando o Conselho Nacional de Educação sugeriu que o MEC proibir retirasse o livro das bibliotecas de escolas públicas, com acusações de que o texto de Lobato é racista. Trechos como: “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou que nem uma macaca de carvão” e “Não vai escapar ninguém — nem Tia Nastácia, que tem carne preta”, comprovariam a tese polêmica. Porém, após muita discussão e até briga na justiça, o livro continua sendo distribuído nas escolas.

2. “Bom-Crioulo”, Adolfo Caminha
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Se beijo gay é polêmica até hoje e não pode aparecer na novela, imagina em 1895, quando Adolfo Caminha publicou o livro “Bom-Crioulo”. A história é sobre dois marinheiros que namoram, com direito a descrição de atos sexuais entre os dois. Para completar, um deles era negro – romances entre negros e brancos era outro tema controverso na época. Em 1937, a Marinha conseguiu um embargo impedindo a reedição do livro, que só pode ser publicado novamente 90 anos depois.

3. “O Cortiço”, Aluísio de Azevedo
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Um dos exemplos do naturalismo na literatura brasileira, “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo, publicado em 1890, chocou a sociedade ao trazer vários temas polêmicos. A obra contava a história do dono de um cortiço que queria enriquecer e dos habitantes do local, corrompidos pelo ambiente em que viviam. Entre os tabus, uma relação homossexual entre duas mulheres, madrinha e afilhada, descreve o ato sexual entre as duas. Para completar, a madrinha era prostituta e alicia a afilhada e assumir a profissão.

4. “Asfalto selvagem – Engraçadinha, seus amores e seus pecados”, Nelson Rodrigues
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Antes de ser uma série de TV com a Cláudia Raia,”Engraçadinha, seu amores e seus pecados”, foi um folhetim publicado entre 1959 e 1960 e depois lançado como livro. Como de costume nas tramas de Rodrigues, a polêmica vida sexual da personagem principal é o mote da história. Incesto, homossexualidade, traição: “Asfalto Selvagem” não nos poupa de tabus. Além disso, Nelson Rodrigues é um autor polêmico por natureza. Suas frases machistas, suas críticas à sociedade, suas ideias sobre o amor, tudo isso gera muita discussão em torno de suas obras.

5. “Capitães de Areia”, Jorge Amado
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Publicado em 1936, Capitães de Areia é um dos clássicos do escritos baiano, que conta a história de meninos que vivem pelas ruas. O livro fala de abandono, pobreza, criminalidade e sincretismo religioso. Ao mostrar a realidade dos meninos de rua, Amado também fala dos estupros cometidos pelos integrantes da gangue, que têm dificuldade em perceber que estão fazendo coisas erradas.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Contra o Conteudismo Escolar e seus Testes


Artigo Publicado aqui Simboliza Pedagogia Adestradora.



O desejo de conteúdos mínimos só serve ao capital.
Ensino não é prova.
É democracia escolar, felicidade o empresariado da educação, que insiste em “cavar” espaços em todos os governos para proliferar suas teses falidas de qualidade total no ensino público, anda furioso com a reação da comunidade educacional brasileira ao nome de Cláudia Costin, que foi convidada a assumir a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC).

Em razão da pressão social, Costin declinou do convite do ministro Aloizio Mercadante, fazendo sepultar assim a expectativa do empresariado de ver seus kits alfabetizadores e outros conteúdos pasteurizados de ensino espalhados por todo país. Eles davam como certo os novos lucros, e isso tem causado reação violenta do segmento.

No último dia 27, a Folha publicou um artigo com o título “Corporativismo, de novo, contra a educação”, do presidente do Instituto Alfa e Beto, senhor João Batista Araújo e Oliveira -ex-secretário-executivo do MEC na gestão Paulo Renato Souza/FHC e muito amigo de Costin.

Ele atacou sindicatos, universidades públicas e quem mais luta por uma educação pública de qualidade, que priorize a formação de sujeitos históricos (conscientes e independentes) e não só a reprodução de fazeres em benefício exclusivo do capital. Para ele, tais grupos formam oposição à educação do país.

Mas é preciso esclarecer a que educação o senhor João Batista se reporta, uma vez que ele participou da implantação do modelo neoliberal na educação brasileira e ainda hoje sobrevive da reserva de mercado criada à época para suprir a falta de investimento público em diversas áreas educacionais.

Apesar de combalido em todo mundo -e o povo brasileiro o tem rejeitado nas urnas, na última década- o neoliberalismo, defendido pelo Instituto Alfa e Beto do senhor João Batista, além de restringir direitos sociais e de transferir riquezas públicas a particulares, visa reproduzir nos sistemas escolares a ideologia dominante do capital, através de uma pedagogia reducionista e adestradora.

Os testes de proficiência, enaltecidos pelo senhor João Batista e que são a principal ferramenta de trabalho da senhora Costin à frente da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, nada mais são que métodos controversos voltados à afirmação sociocultural de uma política perversa de conteúdos mínimos -mitigadora do saber plural e da democracia escolar, na medida em que reduz o debate pedagógico a sistemas de apostilamento com foco em provas conteudístas e não na formação para a vida.

Do nosso ponto de vista, o objetivo da educação é conduzir as pessoas à felicidade.
Para aqueles que cumprem papel de capacho do capital em troca de valiosas retribuições financeiras, obviamente, é difícil entender, ou melhor, aceitar essa concepção educativa, que hoje é reconhecida até por quem desenvolveu os testes estandardizados nos EUA.

Trata-se de compreensão que motiva estudantes chilenos a irem às ruas protestar contra a mercantilização da educação em seu país. Ela tem orientado a maior parte da América do Sul, num futuro breve, a consolidar uma união balizada em valores socioculturais fomentados por sistemas de ensino plurais, democráticos e com outra perspectiva de avaliação -diagnóstica, reflexiva, participativa, não punitiva, indutora do saber.

Se for para ser taxada de corporativa e contrária à massificação da ideologia mercantil na educação e contra os testes que a sustenta, sem problemas. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação até se orgulha dessa pecha!

Mas é preciso que todos mostrem a sua verdadeira cara e intenção nesse debate, que discutam as teses de forma aberta, pois educação, apesar de ser direito subjetivo e universal consagrado na Constituição, é um “bem público” em constante disputa ideológica e por financiamento (público e privado).


Nota:

Artigo relacionado com acesso em 26-01-2014 ás 11h20min.

ROBERTO FRANKLIN DE LEÃO, 62, é presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Foi da direção-executiva da CUT Nacional e vice-presidente da Apeoesp (sindicato dos professores de SP)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Elegância do Comportamento



Henri Toulouse Lautrec


Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. 



É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada. 



É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.



É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está. 



Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber que você teve que se arrebentar para o fazer... porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros. 



É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição... 



Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. 
É elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens... Abrir a porta para alguém é muito elegante... Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante... Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma... Oferecer ajuda.... é muito elegante... Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante...



Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: 



Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irá desfrutá-la.

E com essa mensagem eu vos desejo um lindo fim de semana, repleto de coisas boas e merecidas...



Fiquem na Paz!


Tanya Torrico

Lev Vygotsky


Lev Vygotsky. Foto: reprodução



 A obra do psicólogo ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças e é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea.O psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) morreu há mais de 70 anos, mas sua obra ainda está em pleno processo de descoberta e debate em vários pontos do mundo, incluindo o Brasil. "Ele foi um pensador complexo e tocou em muitos pontos nevrálgicos da pedagogia contemporânea", diz Teresa Rego, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Ela ressalta, como exemplo, os pontos de contato entre os estudos de Vygotsky sobre a linguagem escrita e o trabalho da argentina Emilia Ferreiro, a mais influente dos educadores vivos.

A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.


Artigo relacionado: revistaescola.com.br acesso em 24.01.214 ás 20h35min.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Mente Controlada

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As frases de comando CONSCIENTES que neutralizam as frases de comando INCONSCIENTES são:


FRASES CONSCIENTES
FRASES INCONSCIENTES
“Sou uma pessoa tranqüila”.“Decidi ser uma pessoa tranqüila”.
“Sou comunicativo”.“Resolvi ser comunicativo”.
“Sou uma pessoa segura”.“Posso ser seguro”.
“Ganhei na loteria”.“È possível ganhar na loteria”.


ABSTRAÇÃO

Pergunta:

As frases de comando do PCM (Programa de Controle Mental) são objetivas e não dão detalhes sobre como fazer modificações no comportamento. O que devo fazer?


As frases são objetivas para ir direto ao ponto que interessa. No PCM não há rodeios. Justamente para a mensagem ir direto para o cérebro sem que ele coloque obstáculos. Frases ou explicações longas tiram o foco do principal e isto acaba confundindo o processamento do cérebro. Observe como as propagandas na televisão são rápidas e objetivas. Elas comunicam na linguagem do cérebro, por isto muitas pessoas compram por impulso. No PCM as frases são especialmente formuladas para o cérebro ativar as capacidades adormecidas de você.
Vamos a um exemplo. 
Digamos que você é uma pessoa muito estressada. No PCM encontrará frases de comando como esta: “Vou respirar, relaxar e caminhar,eu  vou acalmar”. Com esta frase seu subconsciente durante o sono vai processar os verbos respirar e relaxar e também processará o verbo caminhar. Você ficará mais empenhado em respirar de modo lento e raso, nos momentos de tensão, também ficará motivado a caminhar mais.
É provável que pense em fazer exercícios físicos, praticar esportes, pintar quadros, enfim, fazer atividades para minimizar o estresse. Caberá a você pesquisar os detalhes sobre estas atividades, ver a viabilidade e partir para a ação. Busque informações, leia, estude e faça cursos para o seu desenvolvimento pessoal.
O objetivo do PCM não é ser uma enciclopédia ou manual de procedimentos para cada atividade ou para cada pessoa, dada a imensidão das atividades e dos tipos de pessoas.
Sua força está em fazer o cérebro ativar suas potencialidades ocultas.
O PCM usa ativadores ou gatilhos que vão influenciar o seu subconsciente. Os ativadores são as palavras gatilhos – verbos, substantivos, adjetivos, etc. – que desafiarão você. “Posso ser rico” é uma forma de ativar o cérebro. Na frase há dois ativadores: posso e rico.
 É preciso treinar sempre as frases de comando?
Sim. As frases podem ser repetidas durante o dia, reforçando a programação que você faz antes de dormir, de modo a se tornarem automáticas. Num determinado tempo as frases virão à sua mente sem nenhum esforço ou comando consciente. Quanto mais regularidade tiver nos exercícios, tanto mais facilmente as frases farão efeito. Todos os dias você é bombardeado por sugestões negativas. Você precisa neutralizar pelo menos parte destas sugestões com a sua própria programação. Se a mídia fala em guerra, você neutraliza com paz, se ela fala em crise econômica você neutraliza com prosperidade e assim por diante.
À medida que você for fazendo os exercícios e os resultados aparecerem, a programação mental tornar-se-á uma necessidade interior. Você perceberá que aquela “voz interior”, os pensamentos automáticos, surgirão cada vez mais fortes e dentro do padrão que você próprio estabeleceu. O erro mais comum na programação da mente é a falta de regularidade na prática do condicionamento.


Entrevista - Acesso em 23/01/2014 ás 20h29min.






terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Abstração Reflexiva



Estudo Sobre a Língua e a Fala


O fundador da linguística moderna chama-se Ferdinand de Saussure.Saussure trouxe novos caminhos para a linguística, graças ao seu estudo sobre a língua e a fala (langue e parole). 

Para Saussure a língua foi imposta ao indivíduo, enquanto a fala é um ato particular. 

A soma língua + fala resulta na linguagem. 

Outro aspecto básico da doutrina saussuriana é a do signo linguístico. O signo é o resultado de significado mais significante. 

Signo = significado + significante Significado.
Conceito Significante: forma gráfica + som.

Toda palavra que possui um sentido é considerada um signo linguístico.

 Exemplo: “Livro” é um signo linguístico. 

Quando observamos o signo “livro” percebemos que ele é a união de som, conceito e escrita, ou seja, significado e significante.

Outros exemplos de signos linguísticos: 

Mar, cadeira, ventilador, cachorro, casa.

A linguística pode ser: Sincrônica ou Diacrônica. 

  • Sincrônica: estuda a língua em um dado momento. 
  • Diacrônica: estuda a língua através dos tempos. 


Características  do signo linguístico!

  • Arbitrariedade: uma das características do signo linguístico é o seu caráter arbitrário. Não existe uma razão para que um significante (som) esteja associado a um significado (conceito). 

Isso explica o fato de que cada língua usa significantes (som) diferentes para um mesmo significado (conceito). 

  • Linearidade: Os componentes que integram um determinado signo se apresentam um após o outro, tanto na fala como na escrita. 


Divisões da Linguística 

  • - Fonética: Estuda os sons da fala. 
  • - Fonologia: Estudo dos fonemas. 
  • - Morfologia: Estuda a estrutura, formação, as flexões e a classificação das palavras. 
  • - Sintaxe: Se ocupa das relações entre as palavras ou entre as orações. 
  • - Semântica: Estuda a significação das palavras. 
  • - Lexicologia: Estuda o conjunto de palavras de um idioma. 
  • - Estilística: A estilística nos dá vários recursos para tornarmos os nossos discursos (falados ou escritos) mais expressivos e elegantes. 


Esses recursos são as figuras de linguagem e os vícios de linguagem. 

  • - Pragmática: Estudo de como a fala é usada na comunicação diária. 
  • - Filologia: Estuda a língua através de documentos escritos antigos. 


É bom ressaltar que nem todos os linguistas concordam com essa divisão.

LINGUISTAS NOTÁVEIS 

Franz Bopp - Leonard Bloomfield - Roman Jakobson - Umberto Eco - Noam Chomsky - Michael Halliday.

CORRENTES DA LINGUÍSTICA 

Os estudos linguísticos neste século tomaram vários rumos nos diversos países em que se desenvolveram, definindo escolas ou correntes teóricas. Entre elas, destacam-se: 

  • Gerativismo: procura mostrar a capacidade que o indivíduo tem de compreender uma frase mediante um número finito de regras e elementos combinados. 
  • Pragmatismo: Aborda a relação entre o discurso que envolve o indivíduo e a situação comunicativa em que ele é produzido. 
  • Estruturalismo: entende a língua como um sistema articulado em que todos os elementos estão interligados. 


Alguns linguistas estudam a linguagem de apenas um indivíduo, outros estudam a linguagem de uma comunidade inteira. Certos linguistas contemporâneos dão mais importância a fala do que a escrita, pois a fala é uma característica de todos os indivíduos, já a escrita, não. Mas isso não significa que a escrita não é estudada. É, sim e a cada dia são criados novos meios de estudá-la.

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Um pouco de História.

MINI BIOGRAFIA FERDINAND SAUSSUARE Ferdinand de Saussure (1857 – 1913), era suíço e lecionou Linguística Geral na Universidade de Paris e de Genebra por mais de 20 anos. 

Seus conceitos foram proferidos em aula, e 3 anos após a sua morte (em 1916), dois de seus alunos (Bally e Sechehaye) publicaram “Curso de Linguística Geral” . 

Acesso em : <21/01/2014 - ás 14h54min>.