A inteligência coletiva é tema interdisciplinar e tem sido
explorado pelas mais diversas áreas do conhecimento.
Como proposta totalmente ligada ao conceito de
informação e às tecnologias da informação e
comunicação, considera-se como pertinente a discussão
do tema no escopo da Ciência da Informação. Para tanto,
realizou-se um estudo descritivo e exploratório a partir da
obra de Pierre Lévy, identificando os preceitos sobre
inteligência coletiva, suas ambiências e implicações.
A
pesquisa é de cunho documental e se foca em determinar
o estado da arte da produção sobre inteligência coletiva,
verificando o que tem sido produzido por Pierre Lévy e
por outros autores sobre o tema, a fim de apontar quais
as possíveis intervenções da Ciência da Informação nos
estudos acerca de inteligência coletiva.
O estudo mostrou
que no campo de Ciência da Informação existem poucas
investigações de nível teórico sobre inteligência coletiva.
Apesar disso, discussões sobre a representação e
organização da inteligência coletiva em ambientes digitais
têm sido recorrentes na atualidade, abrindo assim novos
campos de aproximação entre a Ciência da Informação e
a investigação conceitual e prática em inteligência
coletiva.
Apesar de considerável presença da proposta de inteligência coletiva
na contemporaneidade, as designações acerca da inteligência coletiva,
suas características e proposições ainda não são muito claras no âmbito
da Ciência da Informação, como, também, não são claras quais seriam as
contribuições da área para a temática em questão.
Para tanto, optou-se pela análise exploratória e descritiva sobre o
tema inteligência coletiva, com base nas proposições de Pierre Lévy.
O
estudo é de caráter bibliográfico e documental, o qual se pauta em
realizar o estado da arte da inteligência coletiva. O material publicado por
Pierre Lévy, em primeiro plano, e, também, o que outros autores
relevantes produziram sobre o tema serão considerados como universo
estudado. O intervalo de tempo para o recolhimento das informações
sobre a produção acerca da inteligência coletiva é de 1994, data da
publicação de “A inteligência coletiva: por uma antropologia do
ciberespaço” - principal obra de Lévy sobre o tema, até o ano de 2011.
Para Lévy (2003), a inteligência coletiva é aquela que se distribui
entre todos os indivíduos, que não está restrita para poucos privilegiados.
O saber está na humanidade e todos os indivíduos podem oferecer
conhecimento; não há ninguém que seja nulo nesse contexto. Por essa
razão, o autor afirma que a inteligência coletiva deve ser incessantemente
valorizada.
Deve-se procurar encontrar o contexto em que o saber do
indivíduo pode ser considerado valioso e importante para o
desenvolvimento de um determinado grupo.
Os intelectuais coletivos só poderão se reunir em um mesmo
ambiente a partir da mediação das tecnologias da informação e
comunicação. Com tais tecnologias, os saberes dos indivíduos poderão
estar em sinergia. A coordenação dos saberes pode ocorrer no
ciberespaço, o qual não é apenas composto por tecnologias e
instrumentos de infraestrutura, mas também é habitado pelos saberes e
pelos indivíduos que os possuem .
O ciberespaço permite que
os indivíduos mantenham-se interligados independentemente do local
geográfico em que se situam. Ele desterritorializa os saberes e funciona
como suporte ao desenvolvimento da inteligência coletiva.
Quanto à mobilização efetiva das competências, Lévy (2003) mostra
que um fator importante para que ela ocorra é conseguir identificar as
competências dos sujeitos e compreendê-las em suas multiplicidades.
Fonte: Scielo pesquisa documental. acesso em 15/03/2015. ás 14h08min.
Fonte: Scielo pesquisa documental. acesso em 15/03/2015. ás 14h08min.
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