domingo, 30 de novembro de 2014

RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO



É muito fácil entrar e sair pela porta da sala ao 
soar dos sinos que determinam o troca-troca de professores, é simples, pois cumprimos nossa obrigação: ministramos nossas aulas! Não importa muito o que acontece antes ou depois dela, se tudo deu certo, então tudo bem.


Mas o problema é a concepção de cada educador quanto ao sentimento de “está tudo bem”, pois a maioria se detém a achar que se não houve nenhuma briga em sala de aula, se os alunos não gritaram uns com os outros, se ninguém o enfrentou ou colocou o dedo na sua cara e comportamentos do gênero, então tudo se encontra na mais perfeita ordem. Melhor dizendo, se a sala estava mais apática do que agitada, “está tudo bem”!



Não há muito tempo para perder com outras coisas, afinal, há uma pressão por parte da coordenação em relação a conteúdo, disciplina e cumprimento de horários. 

Isso acontece mesmo, é verdade, mas os educadores têm que se ater aos comportamentos adversos que há na sala de aula, como: apatia, desinteresse, falta de atenção, e claro, desorganização e tumulto. 


Se observarmos bem, o que esses meninos precisam é de um pouco de cuidado e interesse por parte daquele que eles têm como exemplo: o professor. 

É necessário que este participe mais da vida do alunado! 
O “aluno-problema”, geralmente, só necessita de atenção, de uma conversa amigável. 



Durante uma atividade em sala, por exemplo, chame o estudante em um canto e exponha o que vem observando; pergunte se há algo que está o incomodando em sala ou em casa; se ele está chateado com os pais ou com amigos; se está preocupado com alguém, e assim por diante. Tenha uma conversa sincera e respeitosa: exponha o que não está gostando na atitude do aluno, mas enfatize os pontos positivos e diga que acredita que ele pode melhorar e que você estará o observando mais daquele dia em diante!



Cuidado para não parecer especulativo e nem impertinente, para isso, deixe bem claro que você está preocupado porque tem o observado distante, calado ou então, muito desordeiro. Diga que você está ali para ajudá-lo a se sentir melhor, mais confortável ou mais interativo. Explique a importância de participar da aula, pergunte o que ele tem achado das aulas, sempre em tom amigável e calmo!



Muitas vezes damos às costas para nossos alunos, porque já temos problemas demais! No entanto, a melhor forma de resolver toda e qualquer situação é através do diálogo e da compreensão. Em meio a pressa do dia a dia há sim tempo para conversar com um aluno, só depende do interesse do professor! 



Uma simples conversa estreitará relações, criando vínculos de confiança e amizade, que deixará o clima em sala muito melhor. 

Há duas formas de se ter atenção e disciplina da turma: ou você é ditador até com o barulho do mosquito que voa em sala ou você é apaziguador e nota quando seu aluno está emocionalmente alterado!


Contudo, na maioria das vezes, a única atitude que seu “aluno-problema” espera de você é uma “conversa amiga”!


Fonte: Brasil Escola. Acesso em 31/11/2014.

domingo, 16 de novembro de 2014

ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR


Resumo

Quando é possível abordar a interdisciplinaridade para tratar sobre a ação pedagógica na área artística e lúdica, temos clareza que a tarefa requer inicialmente, que consideremos suas concepções refletidas nos fundamentos teóricos, numa direção em que a práxis pedagógica deve ir além de uma visão fragmentada e descontextualizada do ensino.

Segundo Hernández (1997), as mudanças nas concepções e nas práticas da educação em arte não são devidas a uma única ordem de razões, mas a um conjunto de causalidades que vão desde as próprias correntes artísticas e estéticas, às tendências educativas dominantes, passando pelos valores sociais e pelas mentalidades que regem cada época.

Face ao exposto, pareceu-nos pertinente focar algumas das teorias que contemplam, numa visão abrangente, o posicionamento das questões relacionadas com o ensino e aprendizagem das linguagens artísticas e lúdicas.

Fonte: Artigo Publicado em ARCOS SSP.16.11.2014.

domingo, 9 de novembro de 2014

Uma Reflexão Sobre a Didática e sua Importância

Socializando:


Inicialmente gostaria de ressaltar a importância desse momento para a educação e agradecer a oportunidade que me foi dada de expor minhas idéias sobre este tema, hoje tão discutido que é a “Didática em questão”. 

A análise do papel da Didática no processo de formação de educadores tem suscitado uma grande discussão no meio educacional.

Até 1980 a disciplina vinha figurando na formação de professores de todos os níveis, sem que se duvidasse de sua importância. Iniciou-se então um movimento de crítica e contestação à Didática, 
chegando a acusações de que seu conteúdo “quando não é inócuo é prejudicial”. A partir daí o movimento vem crescendo, incluindo cada vez  mais um maior número de professores dispostos a enfrentar um desafio comum: fazer com que avance o conhecimento na área de didática e que a disciplina conquiste um espaço significativo na  formação do professor hoje.

O que proponho neste texto é contextualizar a Didática levando a reflexão para a superação da visão meramente instrucional do processo ensino-aprendizagem, à reconstrução do conteúdo de Didática a partir de uma visão multidirecional da prática pedagógica e para análise do papel da educação na sociedade.

Considerando a educação como uma prática social e histórica, a proposta de Didática deverá se constituir em um projeto de transformação da sociedade e isto implica atendimento aos interesses das classes populares. Para isso se fez necessário a presença de um professor competente, politicamente consciente de seu papel e do papel da educação na sociedade, assim como tecnicamente preparado para lidar com o conteúdo a ser reelaborado pelo aluno.

O objeto do estudo da Didática, todos nós sabemos, é o processo de ensino-aprendizagem, e toda proposta dessa disciplina está impregnada, quer explicita ou implicitamente, de uma concepção do processo de ensino. A análise das diferentes abordagens do ensino através da explicação de seus pressupostos, do contexto em que foram geradas e da visão de homem, de sociedade, do conhecimento e de educação que veiculam, são pois proposições da disciplina.Para que seja compreendido esse processo ele precisa ser analisado de tal forma que articule constantemente as dimensões humanas, técnica e político social. 

No processo ensino aprendizagem está sempre presente a relação humana mas ela não poderá ser o centro configurador do processo. Seria uma abordagem reducionista. O componente afetivo está sempre presente no processo perpassando e impregnando toda a dinâmica não podendo no entanto ser desconsiderado.Na abordagem tecnicista o processo ensino aprendizagem é visto como ação intencional, sistemática, que procura organizar as condições que melhor propiciem a aprendizagem. Aspectos como objetivos, seleção de conteúdos, estratégias de ensino, avaliação constituem o núcleo das preocupações.

Tanya Torrico
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
Mestranda na área da Educação.