domingo, 22 de junho de 2014

PROJETOS PEDAGÓGICOS

ARTIGO

O trabalho com projetos é positivo tanto para o aluno quanto para o professor. Ganha o professor, que se sente mais realizado com o envolvimento dos alunos e com os resultados obtidos; ganha o aluno, que aprende mais do que aprenderia na situação de simples receptor de informações. Assim a informação passa a ser tratada de forma construtiva e proveitosa e o estudante desenvolve a capacidade de selecionar, organizar, priorizar, analisar, sintetizar etc.
O projeto nasce de um questionamento, de uma necessidade de saber, que pode surgir tanto do aluno quanto do professor. A chave do sucesso de um projeto está em sua base: a curiosidade, a necessidade de saber, de compreender a realidade.
A propósito deste enfoque, Fernando Henandez (1998) diz que, 'convém destacar a introdução dos projetos de trabalho como uma forma de vincular a teoria à prática e a finalidade de alcançar os seguintes objetivos:
• Abordar um sentido da globalização em que as relações entre as fontes de informação e os procedimentos para compreendê-las e utilizá-las sejam levadas adiante pelos alunos, e não pelo professorado, como acontece nos enfoques interdisciplinares;
• Introduzir uma nova maneira de fazer do professor, na qual o processo de reflexão e interpretação sobre a prática seja a pauta que permitisse ir tornando significativa a relação entre o ensinar e o aprender;
• Gerar uma série de mudanças na organização dos conhecimentos escolares, tomando como ponto de partida as seguintes hipóteses:
a) Na sala de aula, é possível trabalhar qualquer tema, o desafio está em como abordá-lo com cada grupo de alunos e em especificar o que podem aprender dele.
b) Cada tema se estabelece como um problema que deve ser resolvido, a partir de uma estrutura que deve ser desenvolvida e que pode encontrar-se em outros temas ou problemas.
c) O docente ou a equipe de professores não são os únicos responsáveis pela atividade que se realiza em sala de aula, mas também o grupo/classe tem um alto nível de implicação, na medida em que todos estão aprendendo e compartilhando o que se aprende.
d) Podem ser trabalhadas as diferentes possibilidades e interesses dos alunos em sala de aula, de forma que ninguém fique desconectado e cada um encontre um lugar para sua implicação e participação na aprendizagem.
Para Fernando Hernandez, ''todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto''.
Contudo, isso não quer dizer que todo conhecimento obrigatoriamente seja construído por meio de projeto. O autor não nega que haja necessidade de aula expositiva, de trabalhos individuais e em grupo, participem de seminários, ou seja, estudem em diferentes situações.
Uma nova lógica de vida
As principais vantagens de se trabalhar através de projeto é que a aprendizagem passa a ser significativa, centrada nas relações e nos procedimentos. Uma vez identificado o problema e formuladas algumas hipóteses, é possível traçar os passos seguintes: definição do material de apoio para a pesquisa, que será utilizado para a busca de respostas, de confirmação ou não das hipóteses levantadas. As ações a serem desenvolvidas evidentemente serão determinadas pelo tipo de pesquisa.
A socialização dos resultados é parte fundamental de um projeto e é de suma importância para os membros que participaram da pesquisa a construção da integração entre os pesquisadores e a comunidade.
Encerradas as atividades de desenvolvimento, não se deve fugir da avaliação, pois é aqui que serão focalizados os acertos e erros, que servirão de instrumento para novos aprendizados, com o objetivo principal de sempre querer fazer melhor.
Para Paulo Freire, ao trabalhar com projetos interdisciplinares, ''tanto educadores quanto educandos envoltos numa pesquisa, não serão mais os mesmos. Os resultados devem implicar em mais qualidade de vida, devem ser indicativos de mais cidadania, de mais participação nas decisões da vida cotidiana e da vida social. Devem, enfim, alimentar o sonho possível e a utopia necessária para uma nova lógica de vida''.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio (PCNEM), ''a interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de disciplinas e, ao mesmo tempo, evitar a diluição delas em generalidades. De fato, será principalmente na possibilidade de relacionar as disciplinas em atividades ou projetos de estudo, pesquisa e ação que a interdisciplinaridade poderá ser uma prática pedagógica e didática adequada aos objetivos do Ensino Médio''.
 
Anamélia Custódio MotaPsicopedagoga, autora de “Educação, leis e planos, saberes e práticas”, Tauá, CE.
Fonte: Revista Escola acesso em 22/06/2014

sexta-feira, 13 de junho de 2014

ESCOLA NA CONTEMPORANEIDADE


Publicação


Diante de tantas tecnologias, de motivações externas, atividades radicais, um mundo de aventuras, viagens sejam cibernéticas ou não que se apresentam para os mesmos estas são apenas algumas ferramentas e atividades exploradas pela juventude. E como fica a escola em meio a esta constatação? De acordo com o Bispo Auxiliar de Campo Grande (MS) e responsável pelo Setor Juventude da CNBB, Dom Eduardo Pinheiro, não se pode olhar para o jovem sem compreender a realidade política e cultural em que vive. Segundo ele, este contexto se expressa no consumismo, na grande velocidade de informações e de acontecimentos. Podemos dizer que nossos jovens são frutos desta sociedade um tanto tumultuada. Em que não possuem uma clareza quanto ao seu futuro profissional, são mais imediatos pensando no aqui e agora.

Partindo destas ideias a escola tem seu papel fundamental em manter uma relação com o jovem dialogando sobre as suas angústias e expectativas. Pois, eles pensam no futuro só que de uma forma diferente do mundo dos adultos ainda não “informatizados” e por dentro do uso das tecnologias. Uma pesquisa realizada pelo jornal estadão de São Paulo em 13 de junho de 2011, mostra quais os sonhos dos jovens brasileiros. Foi entrevistado um público de 18 a 24 anos está mais focado no coletivo, quer uma carreira e uma profissão que ajude a sociedade maior desejo de 55% dos jovens brasileiros quando se fala de trabalho é ter a “profissão dos sonhos”. Nove em cada dez gostariam de ter uma profissão que ajudasse a sociedade. É o que aponta o estudo O Sonho Brasileiro, feito com cerca de 3 mil jovens de 18 a 24 anos de todo o País, que procura dar um panorama das expectativas desses jovens para o futuro.

Por isso, esta reflexão nos faz pensar que o jovem de hoje não espera mais só encontrar a transmissão de informação, missão essa já desenvolvida pela escola, por que essa função já foi superada pelas novas tecnologias da informação e comunicação. E que é o mundo das informações, dos acontecimentos e descobertas, são comunicadas de maneira rápida, para um maior número de pessoas, utilizando recursos multimídias. Tudo isso acaba por ser muito mais atrativa e eficiente do que a escola.

Voltando-se para o papel da escola pois a mesma deve  contribuir para que nossos alunos processem mais conhecimentos em vez de somente informações. Sendo assim, hoje, a escola e seus formadores precisam auxiliar a formar gente solidária engajada nas lutas pela superação das desigualdades; lideres e autônomas para que possam tomar decisões, executar, avaliar e ainda serem e agirem com responsabilidade e competência. Pessoas que pesem no coletivo, que mobilizem, e organizem um mundo bem melhor do que estão inseridos. 

E que a escola seja o lugar onde todas essas ansiedades sejam suprimidas e que aprendem a lutar pelos seus direitos.


Fonte: Portal Educação acesso em 13/06/2014.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

UNIFESP UMAS DAS MELHORES UNIVERSIDADES DA AMÉRICA LATINA

Neste ano, a instituição ficou na 15ª posição.


A Unifesp está entre as melhores universidades da América Latina, segundo o ranking britânico do grupo Quacquarelli Symonds (QS), divulgado nesta semana, que avalia as melhores instituições da região desde 2011. Neste ano, a instituição ficou em 15º, melhor posição alcançada entre as federais do Estado de São Paulo.

Para o professor titular do Departamento de Psiquiatria da EPM/Unifesp, Jair Mari, a colocação da universidade “representa uma posição de bastante destaque, pois a instituição é relativamente jovem”. Ele lembra que esse resultado provém da já tradicional área da saúde, porém, segundo ele, espera-se que outras áreas da instituição, como humanas e exatas, também atinjam progressivamente os mesmos níveis de excelência.

A melhor colocada é a Pontificia Universidad Católica do Chile. A Universidade de São Paulo (USP) ficou na segunda posição, seguida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pela da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O QS usa como metodologia avaliações sobre o nível de reputação acadêmica das instituições, o reconhecimento do mercado de trabalho, o número de docentes em dedicação exclusiva e a produção científica.


Veja o ranking completo no link: http://goo.gl/bYS5JZ.

30/05/2014 17:52


Fonte: UNIFESP acesso em 05/06/2014.

CONGRESSO UNIFESP





Congresso da Unifesp

20 anos de Unifesp: autonomia, democracia e sociedade

03, 04 e 05 de Novembro de 2014


A Unifesp faz 20 anos e este é um momento oportuno para refletirmos sobre os rumos da universidade. Por isso anunciamos o Congresso 20 anos de Unifesp: autonomia, democracia e sociedade a fim de trabalharmos pela consolidação plena da nossa universidade.
O Congresso é uma oportunidade aberta à participação de toda a comunidade universitária que nos permitirá compreender, discutir e elaborar propostas de reforma do estatuto e do regimento da universidade pensando nos desafios do presente e do futuro.

Objetivos

  • Fomentar a construção pela comunidade universitária da Unifesp de um processo de reflexão e decisão sobre temas e problemas da vida universitária e social.
  • Construir, de forma participativa,  propostas para a  elaboração de um projeto político e acadêmico de universidade e para a reformulação do Estatuto e do Regimento da Unifesp.

O tema geral do Congresso será:


"20 anos de Unifesp: autonomia, democracia e sociedade"


Os subtemas propostos são:

  • Concepção do projeto político acadêmico:  seu papel sócio-econômico-ambiental.
  • Consolidação da Unifesp: financiamento da universidade pública.
  • Reformas do Estatuto e do Regimento: estruturas de poder, representatividade e autonomia.

Fonte: UNIFESP acesso em 05/06/2014.

terça-feira, 3 de junho de 2014

SOCIALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO

RESUMO


O educador é o responsável pela socialização da criança em sua nova caminhada, na escola, sendo assim um dos responsáveis pelo desenvolvimento social, intelectual e crítico do seu educando. Não substituindo a família, mas sim completando esta tarefa que já deve ter sido iniciada em casa. A escola é o segundo grupo social do qual a criança faz parte, e por que não afirmar o que lhe transmitirá o maior conhecimento para sua interpretação do mundo. A criança que for bem estimulada no início desta jornada com certeza terá maiores condições de se tornar um bom cidadão, com o auxilio da família e da escola trabalhando juntas neste propósito.


Palavras-chave: Escola. Família. Socialização. 


1 INTRODUÇÃO

A importância da preparação do aluno no início de sua caminhada como cidadão, auxiliando-o na compreensão de seus direitos e deveres, este é o compromisso da escola e de seus educadores. E é na escola, depois da família, que a criança adquire conhecimentos para sua vida social. 

A escola trabalha a socialização da criança através da expressão oral, escrita e corporal. O seu raciocínio lógico deve ser desenvolvido junto com seu senso crítico, tanto na resolução de problemas matemáticos como na resolução de problemas do seu dia-a-dia, como na conscientização da preservação do meio ambiente, na aquisição de hábitos de higiene e boa alimentação, mas principalmente desenvolver no aluno a habilidade de interpretar. 


2 O PAPEL DO PROFESSOR NA SOCIALIZAÇÃO DO ALUNO

A criança quando entra na escola já trás de casa uma bagagem de informações construídas nos seus primeiros anos de vida, a primeira noção de socialização é transmitida para criança através da família. 
Segundo César Coll Salvador et al. (1999, p.146):

De maneira bastante geral, o processo de desenvolvimento das crianças inicia-se na família, sendo os pais os primeiros cuidadores e educadores ao mesmo tempo; é o primeiro contexto de desenvolvimento, que em todas as culturas é visto, mais cedo ou mais tarde, progressivamente ampliado. As crianças participam, assim, de outros contextos e interagem com outras pessoas em uma diversidade de modalidades. 

Mas é na escola que estas informaçãos são amadurecidas e transformadas em conhecimentos para o resto de sua vida. Portanto o professor é o eixo de ligação da criança com a sociedade, junto com a família. A aquisição do saber vai desde o nascimento até a morte e é o processo de socialização. Adquirimos hábitos conforme os costumes da sociedade em que vivemos, ao interagir com outras pessoas é que adquirimos o conhecimento para nossa sobrevivência e na escola obtemos o posicionamento crítico para nossas escolhas. 

O papel do educador, sua função de orientador e mediador é fundamental. O educador deve criar uma harmonia entre a apresentação de conteúdos teóricos e as práticas sociais do educando, auxiliando-o assim na formação de seu caráter. É muito comum o jogo de empurra entre família e escola, um tentando passar para o outro as suas responsabilidades e ambos esquecendo o objetivo principal que é o aluno. Para evitar estes transtornos escola e família devem procurar ações coordenadas para solucionar estes problemas. 

Para dar início ao diálogo produtivo, ideias prontas devem ser desconstruídas. É essencial que os professore entendam o público para o qual prestam serviço (como está organizada a família contemporânea? Qual o papel dela na educação?). Por outro lado, a família deve compreender a missão e as propostas da escola e conhecer formas de contribuir com ela. (NOVA ESCOLA, 2009, p.102) 

Nos dias de hoje, o educar está cada vez mais difícil, está sendo atribuído ao professor tarefas que antigamente eram exclusivas da família, devido ao fato das mudanças na sociedade, onde as mães precisam sair de casa para trabalhar e assim mais cedo colocam seus filhos nas escolas de educação infantil, ficando ao professor o compromisso de educar está criança. 

A escola precisa aproximar a família do convívio escolar numa tentativa de reforçar o interesse dos pais pelo futuro de seu filho, oferecer oportunidades de acesso à cultura e não só a preocupação com a indisciplina na sala de aula, oportunizar a reflexão de questões relativas ao respeito ao próximo, suas culturas, orientação sexual, preservação do meio ambiente, entre outros temas. A escola deve se envolver mais diretamente com o convívio familiar, promovendo informações a todos e não somente ao aluno.

O comportamento dos estudantes não está ligado diretamente ao aprendizado, mas é visto como obstáculo ao ensino. A socialização primária (cumprimentar e esperar alguém terminar de falar para se manifestar, entre outros) é sim, uma das tarefas educativas da Infantil e em séries iniciais do Ensino Fundamental. Para contornar problemas de comportamento, família e escola acabam seguindo caminhos distintos, por vezes equivocados, de acordo com Luiza Silveira, da PUC-RS. Se os pais usam estratégias ambíguas, por exemplo, os professores apelam para métodos autoritários e querem que a família os reproduza. É preciso estabelecer práticas comuns – o que pode ser articulado num encontro entre coordenação pedagógica, docentes e familiares, fora da reunião de pais. (NOVA ESCOLA, 2009, p. 106)


As escolas na maioria das vezes só realizam reuniões para entrega de boletins, ou eventualmente quando a turma apresenta problemas. Principalmente no 2º ciclo do Ensino Fundamental as reuniões ficam mais escassas. Nas séries iniciais as reuniões são mais comuns, porém, a maioria dos pais está preocupada apenas com o aprendizado de conteúdos e não com a convivência dos filhos, com os demais. Nas grandes cidades, onde há um número maior de alunos por escola a socialização é mais difícil ainda.
No entanto, cabe a escola promover eventos que acolham estes pais e alunos. A escola promovendo encontros agradáveis para a comunidade fará com que todos se sintam melhor em participar dos eventos, chamando os pais e familiares para assistirem uma peça de teatro, produzidas pelos alunos, por exemplo, e por que não convidá-los para participar da organização. O aluno se sentirá valorizado e a família terá oportunidade de conviver com colegas de seus filhos. 


3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Na elaboração deste trabalho pode constatar de essencial importância a participação de todos, família e escola, na socialização do aluno. Somente quando todos se conscientizarem que trabalhando juntos teremos um resultado satisfatório na preparação da criança para a vida. 

O educador é ferramenta fundamental na transformação do educando em ser social. Preocupando-se em auxiliar este aluno e sua família na aquisição do saber, na interpretação dos problemas para assim juntos formarem um indivíduo de conscientização crítica e capaz de responder por seus atos e decisões na sociedade da qual faz parte. 

A escola deve ser um local de enriquecimento cultural, intelectual e social. Participando ativamente do crescimento da comunidade a qual está inserida e não apenas na reprodução de conteúdos didáticos propostos em seu currículo anual. A preocupação com a socialização de seus alunos deve prevalecer em todas as suas disciplinas e não somente em conversas extraclasse.

A socialização nas escolas é de essencial importância para as crianças e adolescentes, mas só será completa quando todos, família e escola, trabalharem juntas em busca de soluções para os problemas da comunidade e nunca esquecendo que o maior interessado nessa conquista é o aluno. Somos nós pais e educadores que estamos formando a sociedade de amanhã, não podemos deixar para depois esta nossa responsabilidade. 

Vamos começar já, principalmente nós, futuros professores, que escolhemos esta tarefa tão importante, vamos ser conscientes de nossas responsabilidades e cumpridores de nossos deveres como educadores e cidadãos.


REFERÊNCIAS

SALVADOR, César Coll (Org.). Psicologia da Educação. Porto Alegre: Artemed, 1999.
PALATO, Amanda. Sem culpar o outro. Nova Escola, São Paulo, n.225, p.102-106, set. 2009.


Fonte: Torrico, T. em 03/06/2014.