quarta-feira, 29 de julho de 2015

COMPETÊNCIAS E APRENDIZAGEM



Como desenvolver as competências em uma organização? Para responder a esta questão é necessário percorrer o caminho que vai da aprendizagem individual, para a aprendizagem em grupo, para aprendizagem na organização.

Iniciando com o indivíduo, a questão que se coloca é: como eu aprendo?
Esta questão aparentemente simples implica uma viagem interior, que recupera momentos em que o conhecimento se mistura com a emoção, sinalizando situações positivas e situações tensas e angustiantes.

A aprendizagem é um processo neural complexo, que leva à construção de memórias. Aquilo que se aprende e depois se esquece é como se nunca tivesse acontecido; o conjunto de coisas de que nos lembramos constitui a nossa identidade. Como o coloca Izaquierdo (1997), o indivíduo é exatamente só aquilo de que se lembra; eu sou quem sou porque me lembro de quem sou, porque sei quem sou. Se não nos lembrássemos de nada, não seríamos alguém; por isso é tão trágica a fase final da doença de Alzheimer, ou a ignorância do próprio eu.

Aprendo lendo, aprendo ouvindo, aprendo errando, aprendo na prática, aprendo vivenciando a situação na minha cabeça, aprendo observando os outros. Inúmeras são as formas de aprender e cada pessoa se vê única nesse processo.
Cada espécie animal utiliza mais determinado tipo de percepção para aprender; o ser humano é predominantemente visual e verbal, utilizando aquilo que Pavlov (apud Izaquierdo, 1997) denominou o verbal ou simbólico, de preferência aos demais. A memória visual humana é maior que a auditiva, e a memória verbal-visual é maior que a oral. A quantidade de informações que pode ser adquirida na aprendizagem verbal-visual é maior do que a que pode ser retida pela comunicação oral. Um exemplo são as línguas transmitidas oralmente e que desaparecem, enquanto as línguas transmitidas pela escrita e leitura sobrevivem.

As emoções e os afetos regulam o aprendizado e a formação de memórias. As pessoas se lembram melhor daquilo que lhes despertou sentimentos positivos do que daquilo que lhes despertou sentimentos negativos e se lembram mal daquilo que as deixou indiferentes. As emoções contribuem fortemente na motivação para a pessoa aprender; parecem dar cor e sabor ao que aprende.
Aprendizagem pode ser assim pensada como um processo de mudança, provocado por estímulos diversos, mediado por emoções, que pode vir ou não a manifestar-se em mudança no comportamento da pessoa.

Os psicólogos enfatizam a necessidade de distinguir entre o processo de aprendizagem, que ocorre dentro do organismo da pessoa que aprende, e as respostas emitidas por esta pessoa, as quais podem ser observáveis e mensuráveis. Duas vertentes teóricas sustentam os principais modelos de aprendizagem: o modelo behaviorista e o modelo cognitivista.

. Modelo behaviorista: seu foco principal é o comportamento, pois este é observável e mensurável; partindo do princípio de que a análise do comportamento significa o estudo das relações entre eventos estimuladores e as respostas, planejar o processo de aprendizagem implica estruturar este processo em termos passíveis de observação, mensuração e réplica científica.
. Modelo cognitivo: pretende ser um modelo mais abrangente do que o behaviorista, explicando melhor os fenômenos mais complexos, como a aprendizagem de conceitos e a solução de problemas; procura utilizar tanto dados objetivos e comportamentais, como dados subjetivos, levando em consideração as crenças e percepções do indivíduo que influenciam seu processo de apreensão da realidade.

A teoria da Gestalt, precursora do cognitivismo, pesquisa o processo de aprendizagem por insights. "O indivíduo que tem um insight vê uma situação de uma nova maneira, que implica a compreensão das relações lógicas ou percepção das conexões entre meios e fins" (Hill, 1981).

As discussões sobre aprendizagem dos indivíduos em organizações se enraízam mais fortemente na perspectiva cognitivista, enfatizando porém as mudanças comportamentais observáveis. Como as pessoas aprendem e desenvolvem as competências necessárias à organização e ao seu projeto profissional?

Le Boterf (1995) propõe o seguinte quadro sobre o processo de desenvolvimento de competências das pessoas nas organizações:




CONSTRUINDO O CONCEITO DE COMPETÊNCIA DO INDIVÍDUO




Na perspectiva adotada, a competência não se limita a um estoque de conhecimentos teóricos e empíricos detido pelo indivíduo, nem se encontra encapsulada na tarefa. Segundo Zarifian (1999) a competência é a inteligência prática para situações que se apoiam sobre os conhecimentos adquiridos e os transformam com tanto mais força, quanto mais aumenta a complexidade das situações.

A competência do indivíduo não é um estado, não se reduz a um conhecimento ou know how específico. Le Boterf (1995) situa a competência numa encruzilhada, com três eixos formados pela pessoa (sua biografia, socialização), pela sua formação educacional e pela sua experiência profissional. A competência é o conjunto de aprendizagens sociais e comunicacionais nutridas a montante pela aprendizagem e formação e a jusante pelo sistema de avaliações. Segundo ainda este autor: competência é um saber agir responsável e que é reconhecido pelos outros. Implica saber como mobilizar, integrar e transferir os conhecimentos, recursos e habilidades, num contexto profissional determinado.

A competência individual encontra seus limites, mas não sua negação no nível dos saberes alcançados pela sociedade, ou pela profissão do indivíduo, numa época determinada. As competências são sempre contextualizadas. Os conhecimentos e o know how não adquirem status de competência a não ser que sejam comunicados e utilizados. A rede de conhecimento em que se insere o indivíduo é fundamental para que a comunicação seja eficiente e gere a competência.

A noção de competência aparece assim associada a verbos como: saber agir, mobilizar recursos, integrar saberes múltiplos e complexos, saber aprender, saber engajar-se, assumir responsabilidades, ter visão estratégica. Do lado da organização, as competências devem agregar valor econômico para a organização e valor social para o indivíduo.







Defini-se assim competência: um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo.


O que significam os verbos expressos neste conceito? 

O quadro a seguir (inspirado na obra de Le Boterf) propõe algumas definições.



terça-feira, 28 de julho de 2015

CONFIRA 5 COISAS QUE SUA CONCLUSÃO DEVE TER



1º LEMBRE TODOS OS TÓPICOS DO TRABALHO:

Lembrar aos leitores todos os tópicos que falou e argumentos que utilizou para confirmá-los. Faça isso de forma sucinta e objetiva.

2º FAÇA UM RESUMO:

Procure fazer esse resumo de forma criativa e inovadora, para que não seja apenas um repetição do que já foi abordado.

3º SUGIRA LEITURAS COMPLETARES:

Sugira leituras complementares que o leitor pode usar para reforçar os pontos que você defendeu em seu texto. Faça isso explicando o quanto e porque seu argumento é importante para o leitor.

4º SINTETIZE O SEU TRABALHO:

Sintetize todo seu trabalho de maneira profissional e demonstre o quanto você entende do assunto, abordando o tópico de maneiras diferenciadas.

5° SEJA CONFIANTE:

Seja confiante e dê a seu leitor a impressão certa sobre sua capacidade intelectual.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Normas para Referência Bibliográfica.




Todas as informações coletadas em livros, jornais, revistas, enciclopédias, mapas, Internet entre outras fontes. Devem  obrigatoriamente ser indicadas.

A relação do material pesquisado chama-se Referência Bibliográfica. 

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) "fixa as condições exigíveis pelas quais devem ser referenciadas nas devidas publicações do trabalho".


Abaixo exemplos de referência bibliográfica das fontes mais utilizadas:

·  LIVROS
SOBRENOME, Nome . Título do livro: subtítulo. Local : Editora, ano . Número de páginas (Coleção).

Exemplo:
MAGNOLI, Demétrio. União Européia: História e Geopolítica. 5.ed. São Paulo: Moderna, 2000. 80p. (Polêmica)

·  ENCICLOPÉDIA
TÍTULO da obra. Local : Editora, ano. Volume. Página inicial-página final.

Exemplo:
ENCICLOPÉDIA Delta Universal. Rio de Janeiro : Delta, 1991. v.3 p1271-1282
·  ARTIGO DE REVISTA
SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Nome da revista, Local. Volume. Número do fascículo. página inicial-página final. Mês abreviado e ano. 
Exemplo:
SARMATZ, Leandro. Um herói (quase) como a gente. Super Interessante, São Paulo. v.15. n. 177. p.37-42, jun. 2002. 

 ·  ARTIGO DE JORNAL
SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Nome do jornal. Local, dia mês e ano, número ou título do caderno. Seção ou suplemento, página-inicial-página final.

Exemplo:
VIDAL, Gore. Liberdade pessoal diminui a cada dia.O Estado de São Paulo. São Paulo, 19 jun.2002. caderno Internacional . p. A21
·  INTERNET
AUTOR/EDITOR. Titulo da obra. {on line}. Disponível na Internet via www.url: endereço. Arquivo capturado em dia, mês ano.

Exemplo:
MORAN, José Manuel. Aprendendo a viver.{online}. Disponível na Internet via http://br.news.yahoo.com/020523/16/67pv.html. Arquivo capturado em 19 de jun. 2002
·  CD-ROM

SOBRENOME, Nome. Título. (tipo de suporte). (Local) : Editora, data da publicação

Exemplo:
KINDERSLEY, Dorling. Descobrindo o corpo humano. (Cd-Rom). (São Paulo) : Globo, 1999.


Artigos; Título; Resumo e Introdução.


Antes de começar a falar do título, do resumo e da introdução, vamos a algumas dicas que devem ser consideradas na fase preliminar à escrita do artigo. 

Para escrever um bom artigo é importante que você leia muito. Só  a leitura de muitos outros trabalhos abre a nossa cabeça e nos permite escrever um bom artigo. 

Esta fase de estudo deve passar por todos os artigos importantes da área de pesquisa em questão. Como sabemos que o artigo é importante? Ele é citado por muitos outros trabalhos. Além destes trabalhos mais reconhecidos, procure ler trabalhos recentes publicados em bons congressos e revistas.

No caso da área de computação, os melhores artigos quase sempre estão em inglês e são publicados em congressos e revistas com circulação internacional.  

Além de ler artigos para dominar os conceitos e problemas inerentes à sua área, você pode analisá-los para ver como outros autores expõem as suas propostas e resultados. 

Agora vamos ao artigo em si:

O primeiro item do artigo é o título, mas normalmente é a última parte que eu defino. Normalmente é mais fácil escolher um título depois de ter escrito o artigo. 

Seguem alguns pontos que devem ser considerados ao escolher um título:
  • O título, de certa forma, resume seu artigo para aqueles que estão fazendo buscas por artigos;
  • Seja simples. Evite títulos misteriosos, longos, com jargões ou abreviações;
  • Seja bem específico e direto;
Depois do título vem o resumo (abstract).

Logo depois do resumo temos as palavras-chave. Uma vez que são usadas para indexar seu artigo nos mecanismos de busca, as palavras chave devem ser cuidadosamente escolhidas. 

Procure usar palavras conhecidas na área, evitando termos muito específicos do seu trabalho. Se você desenvolveu um método na área de telecomunicações e resolveu chamá-lo de Caiapó, não adianta colocar esta palavra como palavra chave porque ela não faz o menor sentido para outros pesquisadores. Da mesma forma, evite termos muito gerais como redes de computadores. 

Vamos agora à introdução. 

Esta seção é dedicada a mostrar a motivação que levou você a fazer o trabalho, a importância do tema, o problema a ser resolvido e, de forma resumida, como ele será resolvido. Em suma, a introdução traz um panorama da área de pesquisa, das dificuldades relacionadas e qual contribuição seu artigo traz com relação a estes problemas. 

Quando estiver escrevendo sobre a área de pesquisa e as dificuldades, referencie os trabalhos de onde você tirou estas informações.

Na apresentação da sua proposta, procure estabelecer uma clara ligação entre ela e os problemas e trabalhos citados. Delimite o problema a ser resolvido, comente os métodos que serão utilizados e quais resultados são esperados. Comentários sobre como os testes serão realizados (simulações, ambiente real, entrevista, etc.) também podem ser incluídos, mas não coloque resultados na introdução.  

Em resumo, a introdução deve definir de maneira clara quais são os objetivos e as contribuições esperadas do trabalho. É uma apresentação do trabalho ao leitor, que deve ser utilizada para convencê-lo a ler o restante do artigo.

A Arte de Escrever Artigos Científicos




Escrever um artigo científico não é muito diferente de produzir uma obra de arte. Qualquer artista (pintura, escultura, música…) precisa de inspiração, ideias originais, conhecimento de técnicas, um conjunto de ferramentas e um meio de divulgação de sua obra. Igualmente, um pesquisador (seja professor ou aluno) precisa de inspiração, ideias originais (problemas e soluções), conhecimento de técnicas de escrita, um bom computador e um meio de divulgação de sua obra (eventos, livros, periódicos…).

Seguindo essa linha de pensamento, “A Arte de Escrever Artigos Científicos” tem como objetivo apresentar dicas para escrever artigos e fornecer uma metodologia básica para planejamento, estrutura, conteúdo e estilo de artigos.
Observação: o conteúdo dessa página apresenta sugestões. Não é necessário que seu trabalho apresente todas as seções listadas organizadas desse modo. 

Planejamento


Antes de começar a escrever seu artigo, é necessário realizar um planejamento básico que inclui responder as seguintes perguntas:


·     Qual o tema?
·    Qual a finalidade da publicação? Por exemplo: conferência, periódico, demo, seminário de andamento.
·    Qual o público alvo? Por exemplo: comunidade da Computação, de uma área específica, estudantes, banca de pós-graduação.
·     O que precisa escrever? Qual o foco? O que revisar? O que detalhar?




sexta-feira, 24 de julho de 2015

O VALOR DE UM PROFESSOR

Alemanha - Inicio do século 20



 Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta: 

“Deus criou tudo o que existe?" Um aluno respondeu com grande certeza: 
-Sim, Ele criou! 
 -Deus criou tudo? 
Perguntou novamente o professor. 
 -Sim senhor, respondeu o jovem. 
 O professor indagou: 
-Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau? 
 O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo. 
 Outro estudante levantou a mão e disse: 
-Posso fazer uma pergunta, professor?
 -Lógico, foi a resposta do professor. 
 O jovem ficou de pé e perguntou:
 -Professor, o frio existe? 
-Que pergunta é essa? 
Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio? 
 Com uma certa imponência rapaz respondeu: 
-De fato, senhor, o frio não existe. 
Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor. 
 -E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
 O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe! 
O estudante respondeu: 
-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não! Continuou: 
-Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz. Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente. 
 Finalmente, o jovem perguntou ao professor: 
-Senhor, o mal existe?  Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu: -Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal! Com um sorriso no rosto o estudante respondeu: -O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz. Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado… 

Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome? 

 E ele respondeu: 

ALBERT EINSTEIN, senhor!

domingo, 19 de julho de 2015

CONTINUAÇÃO REGRAS DA ABNT

Como você já está familiarizado (a) com a noção conceitual que se aplica aos objetivos da pesquisa científica, sendo tal ocorrência retratada por meio do texto “Objetivos da pesquisa científica” (fazer link do texto depois de publicado, a título de relacionamento de ideias), minuciosamente enfatizaremos, por meio de alguns exemplos, os objetivos gerais e os objetivos específicos. Os objetivos gerais são tratados em seu sentido mais amplo e constituem a ação que conduzirá ao tratamento da questão abordada no problema de pesquisa, fazendo menção ao objeto de uma forma mais direta. Assim sendo, no intuito de evidenciá-los, aproveitaremos o problema já formulado no texto anterior (Objetivos da pesquisa científica), de forma a esmiuçá-lo: 

Temos aqui o problema: 

Quais os motivos da evasão escolar no colégio “fulano de tal”? 
Com base nele, formularemos o objetivo geral, podendo ser assim expresso:  
Devemos nos lembrar de que os objetivos gerais devem ser diferentes dos específicos, haja vista que aqueles se manifestam num sentido mais amplo. 

Os objetivos específicos apresentam, de forma pormenorizada, detalhada, as ações que se pretende alcançar e estabelecem estreita relação com as particularidades relativas à temática trabalhada. Dessa maneira, servimo-nos de algumas sugestões que perfeitamente se aplicam a eles, tendo como base os objetivos gerais, acima ressaltados: 

* Verificar a relação entre professores e alunos no colégio “fulano de tal”; 
* Identificar o nível de interesse dos alunos; 
* Reconhecer as prioridades estabelecidas pelos alunos; 
* Analisar o círculo de convivência dos alunos extraclasse; 
* Apresentar os motivos que conduzem os alunos à evasão escolar. Além disso, os objetivos, determinados com a devida coerência, tendem a prender a atenção do leitor, mantendo-o em sintonia com o desenrolar de todo o trabalho. 

Outro aspecto dos objetivos se refere à objetividade e à precisão neles expressas, como se pode verificar nas palavras de Gil (2006, p. 264), que ressalta que discussões, reflexões e debate de ideias ficam destinados a seu devido lugar, ou seja, na revisão da literatura. Essas são algumas sugestões que podem se aplicar à formulação dos objetivos, tanto gerais como específicos, ficando a depender do pesquisador formular outras tantas, levando em consideração os interesses e as inclinações determinados mediante a própria pesquisa.

REGRAS DA ABNT

OBJETIVOS GERAIS E OBJETIVOS ESPECÍFICOS REGRAS DA ABNT Dividindo-se em gerais e específicos os objetivos apresentam características distintas: estes de forma mais detalhada e aqueles de forma mais ampla.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

NEUROCIÊNCIA - Aplicada ao Ensino.



Neurociência é o estudo do sistema nervoso: sua estrutura, seu desenvolvimento, funcionamento, evolução, relação com o comportamento e a mente, e também suas alterações.
Neurocientistas são as pessoas que atuam fazendo pesquisa em neurociência. A formação se dá a nível de pós-graduação; não há graduação em neurociência. Por isso, neurocientistas podem ser biólogos, biomédicos, médicos, psicólogos, físicos, engenheiros, filósofos, economistas, pedagogos e psicopedagogos.

Fonte: Neurociência e pesquisa. Acesso em 13/07/2015.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

I. CONSIDERAÇÕES SOBRE









I.I Neuropsicologia



A Neuropsicológica é uma interface entre a Psicologia e a Neurologia, caracterizada como “a ciência que se dedica ao estudo da expressão comportamental das disfunções cerebrais”. Ou seja, estuda as relações entre cérebro e comportamento humano.

O Objetivo da Neuropsicologia é compreender as funções cerebrais superiores a partir do comportamento cognitivo, sensorial, motor, emocional e social do sujeito e atuar na avaliação e consequente estabelecimento de programas de reabilitação.

Como área específica de estudo, a Neuropsicologia tem um desenvolvimento relativamente recente, embora sua fundamentação científica seja resultante de várias décadas de conhecimento e investigação. Contudo, o reconhecimento formal no Brasil veio somente em 2004, com a resolução Nº 002, do Conselho Federal de Psicologia, que passou a regulamentar a Neuropsicologia como especialidade dos profissionais psicólogos.



I.II Neuropsicologia Infantil:

A Neuropsicologia Infantil busca identificar possíveis alterações no desenvolvimento cognitivo e comportamental. Para isso, é necessária a utilização de instrumentos como testes e escalas, visando possibilitar futuras intervenções terapêuticas efetivas.

O conjunto dos instrumentos utilizados possibilita uma avaliação integral das capacidades da criança, bem como das dificuldades encontradas por ela em seu desempenho cotidiano. O intuito não é rotular ou classificar a criança como integrante de grupos problemáticos, e sim evitar que tais dificuldades possam impedir seu desenvolvimento saudável.

A avaliação Neuropsicológica pode e deve ser solicitada como um exame complementar, sendo recomendada quando há suspeita de dificuldade cognitiva ou comportamental de origem neurológica. A Reabilitação Neuropsicológica entra com a elaboração de estratégias de tratamento para amenizar ou compensar as funções afetadas, procurando contribuir para melhores condições de vida da criança, da família e de todos que a cercam.

I.III Neuropsicologia do Adulto:

Atualmente, as mudanças socioculturais e os avanços tecnológicos levaram a um aumento no número de vítimas de lesões cerebrais ocasionado por acidentes automobilísticos, acidentes decorrentes de esportes radicais, vítimas de violência, entre outros. A fase adulta é caracterizada pela exposição a esses tipos circunstancias, além de aspectos como a dependência química, relacionamentos afetivos, doenças sexualmente transmissíveis, maternidade/paternidade e inserção no mercado de trabalho.

Esta fase do desenvolvimento é o período em que as capacidades e habilidades gerais devem estar mais definidas, portanto, as desordens neuropsicológicas em adultos referem-se a disfunções cognitivas e comportamentais especificas de indivíduos anteriormente considerados sadios.

A avaliação neuropsicológica busca oferecer evidências precisas sobre o alcance e a severidade do problema do paciente, determinar quais funções permanecem preservadas e indicar o efeito de tratamentos medicamentosos ou cirúrgicos sobre a cognição. O processo de reabilitação proporciona uma conscientização do paciente a respeito de suas capacidades remanescentes, o que leva a uma mudança na auto-observação e, possivelmente, uma aceitação de sua nova realidade.

I.IV Neuropsicologia do Envelhecimento:

O aumento da expectativa de vida da população e trouxe consigo a necessidade de estudos sobre o envelhecimento e as doenças decorrentes do processo de envelhecer. A Neuropsicologia tem como objetivo avaliar o funcionamento cognitivo nesta fase do desenvolvimento, determinar o tipo e o grau de incapacidade funcional, se houver, e estabelecer um programa de reabilitação.

Atualmente, os estudos de Neuropsicologia do Envelhecimento direcionam-se com maior frequência às doenças Neurológicas de caráter demencial que atingem a população idosa, buscando obter diagnósticos iniciais mais precisos e uma intervenção terapêutica precoce que possibilite retardar a progressão da doença.

I.V Avaliação Neuropsicológica:

Embora a Neuropsicologia seja um ramo de conhecimento interdisciplinar, a avaliação neuropsicológica é tipicamente realizada pelo psicólogo, que deve especializar-se no entendimento da dinâmica do funcionamento cerebral e cognitivo de crianças, adultos e idosos, bem como em seus aspectos comportamentais e sociais. A avaliação neuropsicológica contribui para o diagnóstico, prognóstico e reabilitação de funções cognitivas, podendo ser fundamental para diagnóstico diferencial, avaliação da efetividade de um tratamento medicamentoso, determinação de riscos e benefícios neurocirúrgicos, abuso de substâncias e diversas outras circunstâncias clínicas.

I.VI Reabilitação Neuropsicológica:

A reabilitação neuropsicológica tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares, otimizando o aproveitamento das funções cerebrais preservadas por meio do ensino de estratégias compensatórias, aquisição de novas habilidades e a adaptação às perdas permanentes. Além disso, propõe a adaptação do individuo ao seu ambiente, lembrando que cada paciente tem prejuízos cognitivos específicos e demandas ambientais próprias, relacionadas à idade, profissão, vínculos e responsabilidade sociais.


Fonte:Disponível em  http://www.impi.com.br . Acesso em 06/07/2015.